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Entenda os abalos sísmicos registrados em diversas regiões de SP

Tremores são reflexo de terremoto de magnitude 7,3 na Escala Richter

Sismógrafo cinemétrico usado pelo Departamento do Interior dos Estados Unidos (Este arquivo está licenciado sob a licença Creative Commons Atribuição-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Não Adaptada.
Atribuição: Yamaguchi先生)

 

Por volta das 22h50 da última quinta-feira (18/07), diversas regiões do Estado de São Paulo registraram tremores. Os abalos sísmicos sentidos pela população foram reflexo de um forte terremoto de magnitude 7,3 na Escala Richter, que ocorreu a 126 km de profundidade e a 20 km ao sul da cidade de San Pedro de Atacama, no Chile. O geólogo Ronaldo Malheiros, conselheiro federal suplente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP), explica que essa situação costuma ocorrer com certa frequência.

“Em algumas localidades da Região Metropolitana de São Paulo, a Baixada Santista, e outras cidades do Sudeste, foram sentidos pequenos sismos de baixíssima intensidade, confirmados pela Defesa Civil do Estado de São Paulo, a partir do Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), que confirmou a relação desses pequenos tremores com o terremoto registrado no Chile. Temos uma relação com o que ocorreu lá e refletiu aqui no Brasil, sendo que esta é uma situação frequente. No contato da placa tectônica da América do Sul com a do Pacífico, temos uma região geologicamente ativa, chamada de Cinturão do Fogo, onde frequentemente são registrados tremores de diversas magnitudes”, destaca o geólogo.

Segundo Malheiros, a recomendação em casos do tipo é acionar a Defesa Civil pelo telefone 199 e relatar o ocorrido. “A Defesa Civil tem protocolos para dar suporte à população, pois, reforço, é algo que ocorre frequentemente. Por conta da distância do epicentro, à medida que estamos bem longe, a tendência da magnitude dessas ondas sísmicas tende a diminuir e chega a ter pequenos reflexos como os sentidos na noite de quinta-feira”, observa.

O geólogo ressalta, ainda, que a percepção dos tremores acontece principalmente nas regiões de planície, ao longo dos Rios Tietê e Pinheiros, por exemplo. “Bairros como Mooca, Barra Funda, regiões da Avenida Paulista, e outras do Estado, como a Baixada Santista, são mais impactadas”, reforça.

Por isso, o monitoramento é necessário para acionar os órgãos competentes em situações de anormalidade. “Recomendamos também que, em eventos semelhantes, o cidadão faça um relato de como percebeu os tremores, se balançou o lustre ou a louça mexeu. Com base nessas informações, é possível medir a partir da Escala Mercalli, que diferente da Richter, é calculada a partir da percepção das pessoas que sofreram os pequenos abalos”, finaliza.

Sobre o Crea-SP – Criada há 90 anos, a autarquia federal é responsável pela fiscalização, controle, orientação e aprimoramento do exercício e das atividades dos profissionais das Engenharias, Agronomia, Geociências, Tecnologia e Design de Interiores. O Crea-SP está presente nos 645 municípios do Estado, conta com cerca de 370 mil profissionais registrados e 95 mil empresas registradas.