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Cetogênica, mediterânea ou vegana? Descubra os mitos e verdades sobre dietas da moda

Nutricionista funcional revela qual a melhor dieta para quem quer emagrecer com saúde

Em um mundo onde a busca pelo corpo perfeito nunca foi tão intensa, as dietas da moda e soluções que prometem resultados fáceis ganham cada vez mais espaço na internet. Mas será que todas essas fórmulas milagrosas funcionam mesmo? O nutricionista funcional Diogo Cirico, responsável técnico pela Growth Supplements, esclarece os principais mitos e verdades sobre as dietas mais populares entre os brasileiros, e explica o que realmente funciona e o que é apenas ilusão.
O jejum intermitente ganhou espaço na mídia nos últimos anos e é frequentemente promovido como uma dieta que pode emagrecer e aumentar a longevidade. Cirico explica, no entanto, que os benefícios do jejum intermitente só acontecem com a restrição calórica e a melhoria da qualidade da alimentação.
Com a fama de ser a melhor forma de perder peso e reduzir a gordura corporal, a dieta low carb é apontada como uma forma de melhorar o perfil lipídico, aumentando o HDL (colesterol bom) e diminuindo os triglicerídeos. Cirico afirma que reduzir carboidratos pode trazer benefícios, mas esses são equivalentes aos obtidos pela simples redução de calorias ingeridas ao longo do dia.
O especialista explica que esse medo dos carboidratos surgiu do modelo “carboidrato-insulina”, proposto para explicar a epidemia de obesidade. “A verdadeira causa dessa epidemia está na industrialização dos alimentos, que aumentou a ingestão de calorias e reduziu o consumo de nutrientes. Portanto, a chave é reduzir calorias e aumentar a qualidade da dieta com alimentos in natura ou minimamente processados”, comenta.

Dieta milagrosa?

A dieta cetogênica, que prevê uma restrição de carboidratos, é frequentemente promovida como uma solução milagrosa para a perda de gordura corporal, tratamento de doenças como resistência à insulina e diabetes, e até mesmo para melhorar o desempenho esportivo.
“Ela foi originalmente desenvolvida para tratar pacientes com epilepsia refratária, resultando em uma redução significativa nas crises epiléticas e na perda de peso. No entanto, essa dieta pode levar à deficiência de vitaminas, minerais, fibras e fitoquímicos. Portanto, ela deve ser seguida apenas sob orientação de um nutricionista e não é adequada para a população em geral”, detalha o nutricionista.

Mais saudável?

Apontada como a mais saudável do mundo, a dieta mediterrânea é vista como uma aliada na perda de gordura corporal que pode ser adotada por todo mundo. A verdade, no entanto, é bem diferente. Itens como queijos, pães e vinho, presentes na dieta mediterrânea, podem ser problemáticos para pessoas com intolerância à lactose ou doença celíaca, por exemplo. O especialista conta que a dieta mediterrânea deve ser adaptada às necessidades individuais.

Caminho para a saúde ideal?

A dieta baseada em plantas, ou vegana, é frequentemente promovida como a mais eficiente na redução de doenças cardiovasculares e ideal para o emagrecimento. “Essa dieta, de fato, tem um alto potencial de promoção à saúde devido à redução de alimentos de origem animal, o que pode diminuir a ingestão de calorias e gorduras saturadas e aumentar o consumo de fibras. No entanto, sem um controle adequado, pode levar a deficiências nutricionais, como cálcio, zinco, ferro, B12 e vitamina D”, conta o nutricionista.
Essas receitas da moda podem parecer soluções rápidas e fáceis, mas é essencial entender os mitos e verdades por trás de cada uma delas. A orientação de um nutricionista é fundamental para garantir que qualquer mudança alimentar seja saudável e eficaz. “Para emagrecer, é preciso reduzir a quantidade de calorias ingeridas, garantindo uma dieta com alto teor de nutrientes, e aumentar o gasto calórico. Não existe a melhor ou a pior dieta para quem quer emagrecer. A melhor dieta é aquela que você consegue fazer sem abrir mão da saúde. A chave para uma vida saudável está no equilíbrio e na qualidade da alimentação, não em soluções milagrosas”, finaliza o nutricionista.