Comemorado em 7 de julho, o Dia Mundial do Chocolate celebra o doce mais amado pela população global. Tido como o sexto maior produtor mundial de cacau, o Brasil é reconhecido internacionalmente, uma vez que o cacau fino produzido na Amazônia é considerado um dos melhores do mundo.
Hoje, a Bahia e o Pará dominam a produção nacional de chocolate. Inclusive, juntos, eles são responsáveis por 90% do doce. De acordo com um levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab), o Brasil registrou um crescimento de 6% na produção da guloseima em 2023. Ao todo, foram 805 mil toneladas contra 760 mil em relação ao ano anterior.
Delicada e com inúmeras demandas, necessitando, na maioria das vezes, de local com temperatura controlada para seu armazenamento e transporte, a logística do chocolate requer ainda ferramentas de monitoramento e gestão em tempo real. Pensando nisso, Marcus Braga, Senior National Sales Manager da Drivin Brasil, scale-up e partner tecnológico que otimiza os processos logísticos das frotas líderes no mercado da América Latina, elencou abaixo três dicas para os empreendedores. Confira:
Temperaturas ideais de armazenamento – Dependendo do tipo de chocolate, seja branco, amargo ou meio amargo, as temperaturas ideais de armazenamento e transporte são de 10 a 18°C, ao passo que em uma condição a partir de 21°C, o chocolate começa a deteriorar-se tanto na aparência como no sabor.
A 24°C, o chocolate amolece e começa a perder a forma. Inclusive, caso contenha nozes, elas ficam rançosas. Já a manteiga de cacau fica gordurosa quando exposta ao sol. Braga explica que 28°C é o ponto de fusão. “Quando uma barra de chocolate fica esbranquiçada, com listras cinzas ou bolhas, por exemplo, acontece o que denominamos “fat bloom”. Aqui, os componentes gordurosos se separam e solidificam após o resfriamento, formando uma faixa de gordura na superfície do produto”, complementa Marcus. Esse fenômeno pode ser evitado com armazenamento em temperaturas adequadas (entre 15 a 20ºC) e umidade excessiva.
Outro fenômeno que ocorre devido às oscilações de temperatura é a formação do “sugar bloom”. Isto acontece quando a umidade dissolve o açúcar do chocolate, condição evitada quando não exposto à umidade e variações bruscas de temperatura. “Vale destacar que o chocolate até pode ser transportado em temperaturas mais frias, entre 4,4° e 7,2°C, porém há um risco de condensação, caso a carga refrigerada seja descarregada em ambiente quente”, pontua o Sales Manager.
Condições isentas de odores – Os produtos de cacau absorvem odores com muita facilidade, com isso devem ser armazenados e transportados em condições isentas de odores. Segundo Marcus, a embalagem é importante, uma vez que o uso de materiais inadequados para embalar o chocolate pode resultar em sabor ou cheiro desagradável. “Quanto maior o teor de gordura do produto, mais sensível ele se torna, pois a manteiga de cacau absorve e retém os odores”, destaca Marcus.
Gestão de frotas – A logística do chocolate requer uma gestão de frotas com ferramentas de monitoramento e controle em tempo real. Os ovos de páscoa, por exemplo, ocupam mais espaço e são mais frágeis quando comparados às caixas com barras de chocolate, implicando, assim, em uma frota maior para transportar a carga equivalente.
“A distribuição estratégica dos chocolates para as lojas de varejo e atacado requer além de cuidado, precisão e qualidade para atender às gôndolas dos varejistas. Não à toa, as empresas de tecnologia logística desempenham um papel crucial nesta fase”, ressalta o Sales Manager.
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