Tudo começa com uma sensibilidade ou dor localizada. Em alguns dias, esse sintoma evolui para lesões avermelhadas e bolhas, acompanhadas de dor. Os sintomas são da Herpes Zoster, infecção dermatológica e neurológica localizada no trajeto de um nervo em uma determinada área da pele e que vem se tornado mais comum, especialmente entre adultos jovens. Trata-se, na verdade, da reativação do vírus Varicela Zoster, que causa a Catapora.
Mas a semelhança entre as duas doenças se limita ao vírus transmissor. Os sintomas da Herpes Zoster são bem mais intensos e envolvem episódios significativos de dor e potencial de sequelas após a melhora. “O Herpes Zoster é uma infecção dermatológica e neurológica, restrita a uma área da pele, onde o vírus da catapora, Varicela Zoster, reativa em uma pessoa que já teve Catapora ou já teve contato com esse vírus”, explica o coordenador da Clínica de Infectologia da Rede Mater Dei de Saúde, Rodrigo Farnetano. A boa notícia é que já há vacina disponível contra a doença, com eficácia de mais de 90%.
A dor é importante e tem várias características, como queimação, fincada ou pontada, e permanece presente até que as bolhas se rompam, evoluindo para resolução espontânea. Mas, segundo o médico, pode haver complicações, a chamada neuralgia pós-herpética, caracterizada pela permanência dos episódios de dor. “Ela pode perdurar por semanas, meses ou até anos. Outras complicações, mais raras, podem atingir órgãos internos e exigir internação”, diz.
A doença é transmissível. Quando o paciente ainda tem vesículas (bolhas) pelo corpo, ele pode transmitir o vírus da varicela Zoster a quem está suscetível à Catapora que, geralmente, são as pessoas não-vacinadas ou não tiveram Catapora. Além disso, pessoas imunossuprimidas ou que tenham a infecção pelo vírus disseminada podem adquirir a doença por vias respiratórias.
Como não se trata de uma doença de notificação compulsória, não existe estatística sobre sua incidência. Mas o médico avalia que ela tem se tornado cada vez mais frequente, especialmente associada ao estilo de vida e estresse”, avalia. Manter a saúde em dia, reduzir o estresse e vacinar são ações que contribuem para evitar o desenvolvimento do Herpes Zoster, segundo o médico.
A vacina é uma das maneiras mais eficazes para prevenir a doença, segundo dr. Rodrigo. “Ela evita não apenas a reativação da Varicela Zoster, como evita que as complicações da doença surjam, caso ela se manifeste”, orienta. A vacina contra Herpes Zoster está disponível no Serviço de Vacinação da Rede Mater Dei de Saúde. Ela está indicada para pessoas acima de 50 anos. Abaixo dessa idade, ela deve ser recomendada por um especialista.