O sistema endocanabinoide sempre esteve presente no corpo humano, porém, só foi descoberto em 1964 pelo pesquisador Raphael Mechoulam, que mais tarde ficou conhecido como “pai da cannabis medicinal”. Em geral, as pessoas estão mais familiarizadas com outros sistemas da fisiologia humana, como cardíaco e respiratório, por exemplo. O endocanabinoide, por sua vez, é um sistema intracelular espalhado pelo organismo e que possui relação com uma série de processos cognitivos e fisiológicos, como apetite, dor, inflamação, resposta ao estresse, humor e memória.
Apesar de ser algo relativamente novo, dado o ano de sua descoberta, as pesquisas sobre o funcionamento do sistema endocanabinoide reforçam os benefícios das substâncias derivadas da planta e ampliam as perspectivas para o desenvolvimento de novos tratamentos. Mas, afinal, qual é o papel desse sistema no organismo e qual é a sua relação com a cannabis?
Como o sistema endocanabinoide funciona
Thiago Bacellar, médico da Gravital, clínica focada em tratamentos à base de cannabis, explica que o sistema endocanabinoide regula o organismo para reequilibrar o que está fora do eixo. “Funciona como um dimmer de luz automático, que aumenta a claridade quando o ambiente está escuro e reduz quando está claro. Então, num exemplo prático, se durante o dia você trabalhou muito e está estressado, com a adrenalina alta, o SEC te reconduz para um estado de tranquilidade”, explica ele. Esse sistema produz substâncias que possuem estrutura semelhante às encontradas na planta. Elas desempenham papel importante na modulação dos neurotransmissores e, consequentemente, na comunicação intracelular.
Por se tratar de um sistema intracelular, o SEC está presente em todos os órgãos e sistemas, porém sua atuação principal está no sistema nervoso. “Ele atua regulando funções como nosso humor, sono, atenção, memória e percepção da dor. Outra função fundamental está em nosso sistema de defesa, melhorando nossa imunidade e protegendo de doenças infecciosas e autoimunes”, diz o médico. Ele também explica que o SEC atua no organismo independentemente do uso da cannabis medicinal, entretanto, quando ela é administrada, potencializa o sistema.
“Hábitos de vida saudáveis, como boa alimentação, sono de qualidade, exercícios físicos e lazer ajudam a manter o SEC bem regulado. Quando fatores ambientais desfavoráveis e fatores genéticos coincidem, o nosso SEC fica totalmente desregulado. A cannabis medicinal atua aí, ajudando a reequilibrar o que está fora do eixo”, afirma.
A relação com a cannabis
No tratamento com cannabis medicinal, os fitocanabinoides provenientes da planta atuam diretamente nos receptores CB1 e CB2, presentes no sistema nervoso, imune e outros órgãos. Esses receptores vão ativar o sistema endocanabinoide, trazendo os efeitos desejados. “SEC fora do eixo é sinônimo de irritabilidade, insônia, alteração do apetite, sensação de angústia, entre outros. Quando temos o sistema endocanabinoide regulado com o auxílio da cannabis medicinal, o paciente tem alívio desses sintomas, melhorando muito sua qualidade de vida”, finaliza o médico.
Sobre a Gravital
Fundada no Rio de Janeiro em 2019, a Gravital é a primeira clínica focada em terapias à base de cannabis do Brasil. Possui hoje seis unidades no País: Rio de Janeiro, São Paulo, Sorocaba (SP), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS) e Natal (RN). Oferece consultas presenciais e a distância, através de telemedicina. Com uma equipe multidisciplinar, atende pacientes em tratamentos de condições clínicas como insônia, doenças autoimunes, dores crônicas, fibromialgia, enxaqueca, autismo, doenças neurodegenerativas como Parkinson e Alzheimer, entre outras. Quase 8 mil consultas já foram realizadas pela rede, que tem mais de 40 médicos e mais de 12 especialidades diferentes. Possui também o Clube Gravital, primeiro serviço de saúde por assinatura focado em terapia à base de cannabis no Brasil.
Para conhecer mais sobre a Gravital, visite o site: www.clinicagravital.com.br
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