Durante o feriado prolongado, algumas pessoas exageram na comemoração, o que aumenta o risco de desenvolver ou agravar problemas ortopédicos e até de sofrer traumas
O Carnaval é sempre motivo de alegria. Com um feriado de quatro dias, muitos aproveitam o período para fazer o que mais gostam. Alguns, se jogam na folia, desfilam na avenida e seguem bloquinhos de rua e trios elétricos. Outros, optam por viajar e ficar longe da festa. Independentemente do estilo do folião, essa época do ano exige preparo, precaução e ponderação.
“Muitos foliões são pessoas sedentárias, que passam boa parte do ano sem nenhuma prática de atividade física. Para estas pessoas, os cuidados devem ser redobrados, pois o organismo não está preparado e adaptado para esforços físicos mais intensos, o que pode resultar em sérios problemas de saúde”, alerta o ortopedista do Hcor, Dr. Pablo Luiz Baptistão.
Ainda de acordo com o especialista, entre as “lesões típicas de Carnaval”, estão entorses articulares, sobretudo de joelho e tornozelo, podendo resultar em lesões ligamentares, meniscais e fraturas, e perfuração do pé por objetos devido ao uso de sapatos inadequados durante a festa. “Além disso, muitos pacientes com doenças articulares prévias acabam por apresentar uma piora do quadro (dores, edemas, derrames articulares, fraturas por estresse), ocasionada pela sobrecarga dos membros”, ressalta.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), as cirurgias decorrentes de trauma aumentam de 40 a 60% nos feriados, entre eles, o Carnaval. “Os acidentes de trânsito, grandes responsáveis por fraturas sérias, chegam a registrar um crescimento de 20 a 30%, neste período, devido ao consumo de bebidas alcoólicas, aumento no fluxo das estradas e uso do celular ao dirigir”, explica o especialista,
Depois do feriado, o corpo paga a conta dos abusos. “Costumamos ter um volume maior de atendimentos médicos em hospitais e consultórios, geralmente devido às lesões por sobrecarga. No período carnavalesco, danças de movimentos complexos acabam por exigir muito das articulações (principalmente quadris, joelhos, tornozelos e coluna), dos grupos musculares em geral, sem falar nos outros esforços, como subir e descer ladeiras, caminhar longas distâncias acompanhando blocos e horas de pé em shows. Sem o devido preparo físico, o folião pode se lesionar ou mesmo agravar quadros patológicos já existentes”, revela o Dr. Baptistão.
Para evitar que a folia termine antes da hora, o ortopedista do Hcor dá 5 dicas:
- Faça uma avaliação física para descartar doenças ortopédicas ou cardiológicas;
- Mantenha um bom condicionamento físico ao longo de todo o ano;
- Atente-se à alimentação apropriada para a folia (frutas e carboidratos), à hidratação e ao consumo consciente de bebidas alcoólicas;
- Use roupas leves e confortáveis e calce meias de algodão e tênis com base larga, que absorva melhor o impacto e que tenha um salto de 2 a 3 centímetros;
- Em casos de dores articulares, coloque gelo no local e faça uso de analgésicos habituais. Se os sintomas persistirem, procure um médico ortopedista e traumatologista.
Sobre o Hcor
O Hcor atua em mais de 50 especialidades médicas, entre elas Cardiologia, Oncologia, Neurologia e Ortopedia, além de oferecer um centro próprio de Medicina Diagnóstica. Possui Acreditação pela Joint Commission International (JCI) e diversas certificações nacionais e internacionais. Desde 2008, é parceiro do Ministério da Saúde no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS).
Instituição filantrópica, o Hcor iniciou suas atividades em 1976, tendo como mantenedora a centenária Associação Beneficente Síria. Além do escopo assistencial, o hospital conta com um Instituto de Pesquisa, reconhecido internacionalmente, que coordena estudos clínicos multicêntricos com publicações nos mais conceituados periódicos científicos. Também está à frente de um Instituto de Ensino, que capacita e atualiza milhares de profissionais anualmente e é certificado pela American Heart Association.