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Peso das mochilas exige atenção na volta às aulas

A lista de compras para volta às aulas é extensa, mas há um item que merece atenção redobrada: a mochila. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 70% dos problemas de coluna na fase adulta podem estar associados ao excesso de peso das mochilas escolares e do esforço repetitivo na infância e na adolescência.

Há muitos modelos disponíveis, o que pode acabar dificultando a escolha dos pais pela melhor opção. Segundo o ortopedista do Hospital Alvorada Moema, da rede Americas, Alexandre Fogaça, as mochilas com rodinha são as mais adequadas e, por isso, devem ser priorizadas. A outra opção, que também reduz os impactos do peso, é aquela que possui apoio na cintura.

A Sociedade Brasileira de Pediatria e de Ortopedia recomenda que o volume total das bolsas não ultrapasse 10% da estrutura corporal das crianças e dos adolescentes. Fogaça explica que a repetição de sobrecarga e a má postura podem ocasionar diversos problemas de saúde como hérnia de disco, artrose, lordose, cifose, escoliose, entre outros. Diante disso, o especialista reforça a importância da atividade física para a saúde óssea.

Márcio Garcia Cunha, ortopedista pediátrico do Hospital Vitória, rede Americas no Rio de Janeiro, explica que seguir essas orientações é de grande importância para o bem-estar dos estudantes, por diversos fatores: “Estar atendo ao peso que suas crianças estão carregando nas costas é fundamental, assim como posicionar a mochila corretamente na região dorsal, ou seja, mantê-la apoiada nas costas, não ultrapassando a linha da cintura e nunca carregá-la em um ombro só”, explica. 

Outro alerta que o especialista faz é sobre o tênis. O ortopedista indica os modelos com solados flexíveis, pois são os mais indicados para essa fase da vida. “Como são utilizados para a jornada escolar diária, entendo que crianças corram, pulam e estão em movimento constante, por isso, pensando em conforto e para que se evite calosidades, entre outros aspectos, procurar solados mais confortáveis e flexíveis sempre será um bom caminho”, finaliza.