Exercícios com muito contato físico são os que precisamos ter mais cuidado quando o assunto é lesões, abaixo o fisioterapeuta Bernardo Sampaio explica sobre prevenção. Confira!
O Jiu-jítsu, judô, boxe, muay thai, estão entre as artes marciais mais procuradas, esses esportes são praticados por quem deseja se aprimorar e competir ou por pessoas que buscam melhor condicionamento físico e defesa pessoal.
Estudos demonstram que 64% dos praticantes de artes marciais já apresentaram alguma lesão ao longo de sua jornada esportiva. Muitos golpes exigem amplitude de movimento, flexibilidade e elasticidade das articulações, caminho fácil para as lesões.
“Lutas são esportes de contato físico, claro que, umas mais que outras, todas têm o seu grau de risco de lesões. São atividades que exigem bastante do corpo, principalmente quando são praticadas competitivamente. O treinamento intenso costuma ser desgastante para a musculatura e articulações. ”, comenta o fisioterapeuta e diretor clinico do Instituto Trata e ITC Vertebral, unidades de Guarulhos.
Ainda segundo Bernardo Sampaio, as articulações que mais sofrem nessa modalidade são:
Joelhos: Lesões mais recorrentes: ligamento cruzado anterior, posterior e patela, além de entorses de graus variados.
Ombros: Leões mais recorrentes: luxações, distensão muscular, tendinite do manguito rotador, síndrome do impacto e bursite.
Cotovelos: Lesões mais recorrentes: epicondilite medial. epicondilite lateral,luxações e bursite.
Coluna: Lesões mais recorrentes: hérnia de disco, lombalgia, fratura e/ou luxações de ossos do quadril.
Punho e mãos: Lesões mais recorrentes: fraturas dos ossos do carpo, fratura do colo do quinto metacarpo, situado na junta entre a palma da mão e o quinto dedo (fratura do boxeador), lesões ligamentares do carpo, microfraturas calcificadas das cabeças dos ossos metacarpais (calejamento do punho), artroses.
Tornozelos: Lesões mais recorrentes: entrose de tornozelo, ruptura parcial ou total dos ligamentos e tendionopatias por overuse.
“Mesmo com todos os cuidados, lesões são comuns na prática destes esportes. Mas isso não quer dizer que os cuidados não têm que ser seguidos. Tenha consciência que seu corpo não é uma máquina. Alguns cuidados específicos na prática das artes marciais podem garantir a sua integridade física e uma luta sem dor. O trabalho preventivo incialmente deve ser realizado com orientação profissional de um fisioterapeuta esportivo e após aprendizado pode ser incorporado ao treinamento. Eu oriento que esse seja realizado de 2 a 3 vezes por semana, por um período de 30 minutos”, comenta o fisioterapeuta.
Abaixo Sampaio traz algumas formas de prevenir lesões, confira:
Aquecimento: é o ato de preparar o corpo para atividade que está por vir. Ele aumenta de forma gradual a temperatura, o ritmo da respiração e lubrificação das articulações.
Treino de estabilização central: Exercícios em diferentes planos de movimento, como: ponte, prancha ventral, prancha lateral, super-man, canoa, dentre outros podem ser realizados com manutenção de posturas. O objetivo é manter a contração das musculaturas em isometria, de forma combinada, por períodos que podem variar de 10 segundos e evoluir para 30 ou 60 segundos.
Alongamento: é um exercício voltado para aumento da flexibilidade muscular, melhora da mobilidade dos tecidos, redução de tensões e contraturas musculares, favorecendo a amplitude de movimento.
Para saber mais sobre dores, alongamentos, exercícios e muito mais. Acesse: www.institutotrata.com.br e www.itcvertebral.com.br
BERNARDO SAMPAIO: Fisioterapeuta pela PUC-Campinas (Crefito: 125.811-F), diretor clínico do ITC Vertebral e do Instituto Trata, unidades de Guarulhos, Bernardo Sampaio é também professor do curso de pós-graduação, leciona como convidado nos cursos de pós-graduação na Santa Casa de São Paulo. Possui experiência em fisioterapia ortopédica, traumatologia e esporte; e especialização em fisioterapia músculo esquelética, aprimoramento em membro superior e oncologia ortopédica pela Santa Casa de São Paulo. Mestrando em ciências da saúde pela faculdade de ciências médicas da Santa Casa de São Paulo.