A ansiedade é considerada o mal do século e atinge milhares de pessoas.
É preciso procurar ajuda e descobrir como amenizar os sintomas
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2019 o Brasil tinha o maior número de pessoas ansiosas do mundo. Cerca de 10% da população brasileira sofre com a ansiedade e agora em 2022 a OMS publicou uma pesquisa que mostra que tivemos 25% de aumento dos casos no pós-pandemia.
As emoções instintivas do ser humano, como a ansiedade, podem sofrer alterações a partir de diversos fatores e seus níveis elevados podem gerar crises. As causas da ansiedade ainda são desconhecidas, porém especialistas apontam que alguns fatores podem desencadear o transtorno, como aspectos genéticos, aspectos psicossociais diversos e quadros traumáticos.
A ansiedade faz parte de nossas emoções, é fisiológica e benéfica ao organismo. Ela estimula as nossas ações e é uma das responsáveis por buscarmos novos desafios, mas o seu excesso pode ter efeito contrário, paralisando a pessoa. Preocupações com trabalho, os filhos, a carreira e as questões financeiras fazem parte da vida das pessoas e quando são excessivas podem se transformar em ansiedade patológica e trazer prejuízos funcional e emocional. Deve-se ficar alerta aos sintomas como sudorese extrema, boca seca, hipervigilância, pensamentos repetitivos, insônia e até pesadelos excessivos que podem ser notados pelo indivíduo.
A psicóloga do Sesc-Senac Goiás, Sthefânia Ferreira, explica que o nível e a frequência com que a ansiedade acontece e se ela é prejudicial ou não em nosso dia a dia é que irá caracterizá-la como patologia. “As vezes ficar com o coração disparado, ficar pensando naquele evento um dia antes são reações comuns que passam. A partir do momento que os sintomas se tornam recorrentes, frequentes e não passam é um alerta da patologia e nesse momento é preciso buscar ajuda”.
Tipos de ansiedade
Alguns tipos de transtornos de ansiedade como o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), Síndrome do Pânico, fobias e outros são quadros de transtornos de ansiedade, doenças muitas vezes incompreendidas socialmente. É necessário interpretar quando a emoção deixa de ser normal. Quando passa a trazer prejuízos para o indivíduo é preciso buscar ajuda.
Sthefânia pontua que “a ansiedade enquanto transtorno se não tratada ou negligenciada pode causar sérios prejuízos para o indivíduo. Não deixe para depois, cuide de sua saúde física e mental”.
Como é o tratamento?
O tratamento, seja com uso de medicamentos ou outros tipos, é cercado de estigmas. Sthefânia reforça que “o tratamento para a ansiedade quando se torna prejudicial e patológica acontece através de um diagnóstico feito por um médico psiquiatra ou profissional da área da saúde como psicólogo, pois é ele quem irá orientar como proceder diante dessas crises.”
“A ansiedade não pode ser prevenida, pois é uma reação natural do corpo. O que podemos aprender são maneiras para controlar a ansiedade e lidar com ela no cotidiano, realizar a respiração diafragmática pode auxiliar”, indica Sthefânia. Em caso de tratamento via medicamento é preciso acompanhamento profissional.
Veja algumas dicas para controlar a ansiedade:
- realize técnicas de relaxamento
- controle a respiração
- mude de pensamento
- faça atividades físicas
- pratique meditação
- procure entender seus pensamentos e sentimentos
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