Proposta foi iniciada na UPA Farid Seror, participante do projeto de capacitação de profissionais realizada em parceria do Ministério da Saúde com Hospital Sírio-Libanês
Este mês foi sancionada a Lei Municipal nº 4.912/2022 em Várzea Grande, Mato Grosso, que estipula a adoção de medidas de prevenção à infecção generalizada, baseada nos protocolos do projeto de capacitação para identificação e tratamento precoce da SEPSE, do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS). A iniciativa, oferecida por meio do Programa, em parceria com o Ministério da Saúde e o Hospital Sírio-Libanês, atua desde 2021 na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Farid Seror com o objetivo de qualificar as equipes assistenciais e garantir a adesão às boas práticas de cuidado no SUS.
A iniciativa está presente em localidades de maior demanda assistencial, com o objetivo de diminuir os casos de SEPSE em todo o País. Carina Tischler, coordenadora da iniciativa, explica como a rápida identificação da infecção ajuda na identificação do diagnóstico: “Combater a doença, logo quando identificada, é a melhor garantia de um bom desfecho clínico. O protocolo implementado pelo projeto nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) participantes recomenda administrar o antimicrobiano imediatamente, logo na primeira hora que os sintomas começam a aparecer, evitando, assim, o avanço da infecção e o agravamento da doença”, diz.
O que é SEPSE:
A sepse, também conhecida como infecção generalizada, é um conjunto de manifestações graves em todo o organismo produzidas por uma infecção1 que mata 11 milhões de pessoas por ano no mundo, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde – no Brasil, esse número chega a 240 mil mortes2. Diante desse cenário, o Projeto Sepse monitorou 6 mil pacientes com suspeita de Sepse e cerca de 4,5 foram tratados desde 2019 — desse total, foram contabilizados 5.829 pacientes com suspeita e 2.782 tratados somente no período de abril de 2021 a abril de 2022.
Referências
- O que é Sepse | Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS)
- Sepse: a maior causa de morte nas UTIs | Fiocruz
Sobre o PROADI-SUS
O Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde, PROADI-SUS, foi criado em 2009 com o propósito de apoiar e aprimorar o SUS por meio de projetos de capacitação de recursos humanos, pesquisa, avaliação e incorporação de tecnologias, gestão e assistência especializada demandados pelo Ministério da Saúde. Hoje, o programa reúne seis hospitais sem fins lucrativos que são referência em qualidade médico-assistencial e gestão: Hospital Alemão Oswaldo Cruz, BP — A Beneficência Portuguesa de São Paulo, HCor, Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Moinhos de Vento e Hospital Sírio-Libanês. Os recursos do PROADI-SUS advém da imunidade fiscal dos hospitais participantes. Os projetos levam à população a expertise dos hospitais em iniciativas que atendem necessidades do SUS. Entre os principais benefícios do PROADI-SUS, destacam-se a redução de filas de espera; qualificação de profissionais; pesquisas do interesse da saúde pública para necessidades atuais da população brasileira; gestão do cuidado apoiada por inteligência artificial e melhoria da gestão de hospitais públicos e filantrópicos em todo o Brasil. Para mais informações sobre o Programa e projetos vigentes no atual triênio, acesse o portal dos Hospitais PROADI-SUS.