Estudo mostra a evolução de tecnologias que tornam neurocirurgias menos invasivas e até podem permitir a criação de sinapses sintéticas
A tecnologia está em constante evolução, e essa evolução também se estende à área das neurocirurgias, que, cada vez mais, contam com a participação de robôs e permitem o acesso a partes do cérebro antes inalcançáveis.
Avanços tecnológicos na neurociência
Segundo o estudo “O avanço da cirurgia cerebral e apossibilidade de substituições neuronais” realizado pelo neurocientista Dr. Fabianode Abreu, as inovações tecnológicas na área da neurocirurgia tornaram exames de imagem mais precisos facilitando a realização dos procedimentos e na robótica e nanotecnologia possibilitam a realização de cirurgias menos invasivas.
“A neurociência é um campo de estudo que tem, nos últimos anos, implementado o uso da robótica para ajudar nas pesquisas, tratamentos e cirurgias. A tecnologia tem sido uma importante aliada e, desta parceria, têm resultado importantes avanços.” Diz no estudo.
Para além das facilidades já implantadas com o uso de novas tecnologias na neurociência, uma nova possibilidade pode permitir algo que antes parecia ficção: O desenvolvimento de sinapses artificiais.
Cérebro artificial
Bilhões de neurônios constituem o cérebro humano, juntamente com as conexões realizadas entre eles, as sinapses, uma enorme rede neural é formada, uma intrincada rede de comunicação invejada até pelos mais modernos dispositivos eletrônicos.
Os neurônios são formados por um corpo central, diversos dentritos e uma estrutura denominada axônio, os dentritos recebem sinais elétricos de outros neurônios por meio das sinapses, assim as informações são transmitidas entre eles, no entanto, um novo tipo de neurônio foi criado, um neurônio artificial.
“Muitos investigadores estão a apostar no avanço científico no campo da investigação das interfaces neurais, inclusive já foi possível desenvolver uma sinapse artificial orgânica. […] Dessa forma, será possível, no futuro, reverter patologias que, até então, não seriam possíveis. Temos, ainda, a possibilidade em que o cérebro se reajusta a um elemento artificial colocado para auxiliar o corpo humano como é o caso das neuropróteses.”.
Com um maior desenvolvimento tecnológico, outra porta será aberta, a possibilidade de “transferir” um cérebro biológico para um robô, chegando, talvez, à chave para a imortalidade.
Experimentos do tipo já foram realizados em pequenos vermes com apenas 300 neurônios, entretanto, os estudos ainda precisam avançar mais para conseguir reproduzir uma estrutura bem mais complexa como um cérebro humano para um corpo artificial.
“No final das contas, este tipo de investigação deixa-nos cada vez mais perto de conseguir transferir a consciência humana para um computador e atingir a imortalidade. Estas questões levantam uma serie de dúvidas éticas que são necessárias ser estudadas.” Conclui o estudo.
Sobre o Prof. Dr. Fabiano de Abreu
Dr. Fabiano de Abreu Agrela, é um PhD em neurociências, mestre em psicologia, licenciado em biologia e história; também tecnólogo em antropologia com várias formações nacionais e internacionais em neurociências. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat – La Red de Investigadores Latino-americanos, do comitê científico da Ciência Latina, da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo nos Estados Unidos e professor nas universidades; de medicina da UDABOL na Bolívia, Escuela Europea de Negócios na Espanha, FABIC do Brasil, investigador cientista na Universidad Santander de México e membro-sócio da APBE – Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva.