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População mais velha pode estar protegida da varíola dos macacos

Biólogos explicam qual é a origem da doença e como a proteção da vacina funciona na população

 

No começo de maio, a notícia do reaparecimento de um vírus trouxe nova preocupação para a população mundial. A varíola do macaco teve o primeiro caso confirmado na Europa e já aparece em cerca de 30 países. No entanto, dados mostram que a doença não é tão transmissível como a covid-19, que é transmitida pelo ar, por exemplo.

De acordo com o biólogo e professor de Biologia do Colégio Marista Paranaense, Luiz Carlos Bianchini Filho, “embora não se possa dizer com toda a certeza que uma pandemia não irá ocorrer, os cientistas acreditam ser altamente improvável”, analisa. A afirmação é baseada no método de transmissão que acontece por meio do contato com partículas de saliva de alguém contaminado, sendo este animal ou ser humano ou até mesmo pelo contato com lesões que são causadas pela doença. Pode ocorrer a contaminação por meio de vestimentas, toalhas ou roupas que foram utilizadas por pessoas infectadas.

Lições da covid-19

Quando o assunto é transmissão e contaminação, o coronavírus definitivamente trouxe aprendizados para a população. Filho explica que o uso de álcool em gel, água e sabão para higienizar as mãos e o uso de máscaras auxiliam na prevenção da doença. “É importante ressaltar também que devemos evitar o contato com animais silvestres que habitam em regiões onde há foco de contaminação”, esclarece.

Vacina

A varíola humana foi erradicada na década de 1980, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) por meio de ampla vacinação. O imunizante usado contra esse vírus

mostrou-se ser eficaz contra a varíola dos macacos, no entanto, existe outra vacina e um tratamento que ainda não estão disponíveis, de acordo com o biólogo. Ele explica também que, como a vacina para varíola deixou de ser aplicada em 1979, adultos acima de 50 estariam protegidos, mas crianças e jovens podem estar mais receptíveis à doença.

História

Para entender como tudo começou, o biólogo e professor de Biologia do Colégio Marista Pio XII, Fábio Luiz Rosa, explica que a varíola dos macacos foi descoberta pela primeira vez em 1958 quando ocorreram dois surtos de uma doença parecida à varíola em macacos que eram mantidos para pesquisa. O primeiro caso de um humano contaminado foi registrado só em 1970 na República Democrática do Congo e desde então a varíola dos macacos foi relatada em humanos e em outros países da África central e ocidental.

A doença ressurgiu na Nigéria em 2017 após mais de 40 anos sem nenhum caso relatado e desde então houve mais de 450 casos no país africano e pelo menos oito casos que foram exportados internacionalmente.

Sintomas

Os sintomas iniciais da doença incluem febre, dor de cabeça e dor muscular, inchaço dos gânglios linfáticos e calafrios. Algumas características marcantes são o aparecimento de lesões e vesículas na pele, que começam no rosto e se espalham para todo o corpo. As lesões podem ser muito dolorosas. Ainda assim, nos  casos mais leves, os sintomas podem passar despercebidos.

Sobre os Colégios Maristas

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