Ciência fisioterapêutica que estuda formas de prevenção e correções para os distúrbios cinéticos funcionais relacionados com as interações entre pessoas, espaços e equipamentos
A cena é comum para quem já esteve em uma sala de aula: jovens sentados com postura inadequada e com dificuldade para prestar atenção no que é dito pelo professor. Muitas vezes, o desleixo está relacionado a carteiras desconfortáveis ou espaços mal planejados. Um estudo realizado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) mostra que a infraestrutura do ambiente está diretamente ligada ao desempenho escolar. A ergonomia, ciência que estuda as interações entre indivíduos, lugares e equipamentos, pode ser a solução para auxiliar no aprendizado de crianças e adolescentes.
Como explica a coordenadora do curso de Fisioterapia da Faculdade Anhanguera, professora Christiane Costa Magacho, as diretrizes ergonômicas fazem parte de um conjunto de procedimentos relacionados à organização espacial com o objetivo de proporcionar qualidade de vida em atividades laborais. “São conceitos do espaço físico para aumentar e melhorar o desempenho de trabalhadores e estudantes”, resume.
“Essa ciência facilita atividades e permite que as pessoas consigam exercer suas funções de forma que os recursos a seu alcance e o meio onde estão inseridas estejam a seu favor”, continua. As orientações foram baseadas em análises de postura e de movimentos de servidores com os equipamentos de performance. “O impacto, em geral, é imediato, porque as boas condições de trabalho proporcionam a função adequada ao corpo”, pontua.
No ambiente de ensino, esses direcionamentos são capazes de motivar a participação dos alunos nas aulas, aumentar a concentração em conteúdo e evitar a evasão escolar. Os principais aspectos observados em classe são a iluminação das salas de aula, a climatização e as condições de cadeiras e carteiras. “Em média, crianças e adolescentes ficam quatro horas com o tronco flexionado para tomar nota e prestar atenção. Com a infraestrutura inadequada, é possível que ocorram problemas de saúde que afetam o desempenho”, afirma.
De acordo com a fisioterapeuta, os assentos precisam oferecer apoio para todo o quadril dos estudantes, para reduzir a capacidade de variação de postura e induzir o alinhamento correto da coluna. Os equipamentos precisam ser compatíveis com o tamanho dos alunos. “Crianças menores necessitam de mesas proporcionais ao seu crescimento para ficarem confortáveis”, indica.
A professora recomenda que os pés devem sempre tocar o chão e os encostos devem abranger a região torácica e lombar. “Cada item irá proporcionar a melhora no rendimento, além de prevenir doenças que podem se desenvolver com o tempo, como escoliose, hiperlordose, tenossinovite e dores crônicas”, finaliza.
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Fundada em 1994, a Anhanguera já transformou a vida de mais de um milhão de alunos, oferecendo educação de qualidade e conteúdo compatível com o mercado de trabalho em seus cursos de graduação, pós-graduação e extensão, presenciais ou a distância.
Presente em todos os estados brasileiros, a Anhanguera presta inúmeros serviços à população por meio das Clínicas-Escola na área de Saúde e Núcleos de Práticas Jurídicas, locais em que os acadêmicos desenvolvem os estudos práticos. Focada na excelência da integração entre ensino, pesquisa e extensão, a Anhanguera oferece formação de qualidade e tem em seu DNA a preocupação em compartilhar o conhecimento com a sociedade também por meio de projetos e ações sociais.
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