Hoje, a preocupação com a segurança de dados pessoais na internet ultrapassa qualquer especificação de plataforma ou atividade realizada.
Devemos estar atentos não apenas ao fazer compras online, mas também ao nos cadastrarmos em novos sites ou aplicativos, ao nos candidatarmos a uma vaga de emprego ou até mesmo enquanto trabalhamos — já que agora, muitas vezes, essa atividade é realizada de forma remota e online.
Com o isolamento social que tivemos de vivenciar em todo o mundo, 46% das empresas brasileiras adotaram o home office, segundo um estudo realizado pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com esse modelo, empresas e trabalhadores estão mais atentos à segurança de seus dados.
Outra pesquisa, dessa vez realizada pela Fortinet, apontou um crescimento de ataques cibernéticos após o aumento de empresas em trabalho remoto. Isso fez com que tanto as companhias quanto os funcionários redobrassem sua atenção em termos de segurança.
Além disso, essa precaução também foi impulsionada em outras esferas. A Geração Z – composta de jovens entre 16 e 24 anos – é a que mais usa redes sociais e passou também a se preocupar mais com sua segurança ao navegar nessas plataformas.
Um estudo da ExpressVPN mostrou que esses jovens utilizam diversos recursos das redes sociais que prometem dar maior segurança aos seus dados, como autenticação de dois fatores, bloqueio de contas, desativação de sincronização de contatos, entre outros.
A nova LGPD
Em 2018, o governo brasileiro sancionou uma nova Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Isso representou algumas mudanças no arquivamento de dados pessoais por organizações. Tanto a iniciativa privada quanto o poder público foram obrigados a investir em segurança de dados para evitar possíveis vazamentos de dados pessoais.
Quem descumprir a Lei Geral de Proteção de Dados pode ter que arcar com uma multa de 2% do faturamento da organização a até 50 milhões de reais.
Todo brasileiro é protegido pela LGPD. No entanto, algumas atividades mal-intencionadas na internet ainda estão ao largo do controle da fiscalização dessa lei.
Organizações não regulamentadas, muitas vezes, fogem do controle dos órgãos de fiscalização, que demoram a descobri-las. Além disso, no ambiente das redes sociais é comum que o roubo de dados seja realizado por pessoas ou grupos que atuam de maneira isolada.
Por isso, o mais certo a fazer é você mesmo se manter informado sobre seus dados e sobre a forma como os compartilha. Fique atento à maneira pela qual disponibiliza seus dados pessoais na internet e conheça métodos de segurança que possam ser aplicados de forma simples por você mesmo.
Como se proteger
No trabalho, é importante que a empresa aplique proteção adequada às ferramentas de trabalho que utiliza e que o funcionário conheça as políticas internas de segurança. O trabalhador não deve utilizar plataformas diferentes por conta própria sem que isso seja de conhecimento da organização.
As empresas podem investir em proteção por firewall, antivírus especializados e confiáveis, autenticações de dois fatores (2FA) e recursos como VPN.
Da mesma forma, os usuários das redes sociais também podem utilizar recursos para intensificar sua proteção online. Exemplos de medidas de segurança que podem ser tomadas de forma simples e rápida são:
- utilizar a autenticação de dois fatores: possibilita a identificação dos usuários por meio da combinação de dois componentes distintos;
- utilizar VPN: protege de censuras, espionagem e interferência online;
- negar permissões de aplicativos: quando essas permissões não são essenciais para o aplicativo funcionar, desative-as para que sua privacidade seja mantida;
- desativar a localização automática (geotagging): desative esse recurso para que sua localização física permaneça em sigilo;
- não vincular seus logins: ao fazer essa vinculação, alguns de seus dados pessoais das redes sociais estão sendo fornecidos a esses serviços, então reflita antes de vincular os logins.
Dar uma atenção especial à sua segurança no universo virtual pode te poupar de dores de cabeça. O caminho que já percorremos no desenvolvimento digital é sem retorno, portanto, continuaremos compartilhando cada vez mais informações pessoais na internet. Por isso, estar preparado para navegar na rede com proteção é primordial.