Desse modo, “I Can’t Breathe” já está disponível no canal oficial da banda no YouTube. O lançamento — marcado por um crossover de punk, hardcore, thrash e groove metal — chegará em breve aos aplicativos de música, pela Deck.
A ideia surgiu na última quarta-feira (27), quando Chaene da Gama (baixo) assistiu ao vídeo no qual um policial americano asfixia até a morte um cidadão negro durante uma abordagem. A força das imagens serviu como combustível para que ele escrevesse, o mais rápido possível, seus versos de protesto. “Tudo isso veio do impacto do vídeo, assim como de outras coisas que vêm acontecendo não só nos EUA mas como no mundo inteiro. Aqui no Brasil, inclusive, não é muito diferente”, explicou Chaene, que já na sexta-feira se juntou a Charles Gama (vocal e guitarra) e Rodrigo Augusto (bateria) para gravar a música. O trio criou em conjunto os arranjos e assina a autoria da faixa, produzida por Ricardo Barbosa.
O clipe foi dirigido por Leonardo Ramalho, da Pajé Filmes. Sua simbologia é evidente e incisiva ao retratar Charles sendo enforcado por uma única mão branca, representando que, mesmo sendo minoria frente a negros e pardos na população mundial, os racistas brancos ainda conseguem impor sua violência.
Há seis anos na estrada, o Black Pantera tem seu nome inspirado no revolucionário Partido dos Panteras Negras norte-americano. “Sabemos da importância de dar voz àqueles que não conseguem ser ouvidos, além de cantar — mesmo que de modo mais duro — sobre igualdade, respeito e união e contra qualquer preconceito; principalmente o racial”, completou Chaene, sem ceder um centímetro sequer a qualquer intolerância.