Conectar e capacitar profissionais de saúde de áreas isoladas e ainda garantir atendimento médico de excelência, em diversas especialidades, a quem mora longe dos grandes centros. Estes benefícios, oferecidos pela Rede Universitária de Telemedicina (Rute), encontraram a parceria ideal na equipe multiprofissional da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
Em 2019, a Gerência Multidisciplinar de Telessaúde (GMTS) da Ufam realizou mais de 170 atendimentos de Atenção Especializada em Saúde nos municípios de Humaitá, Parintins, Itacoatiara, Benjamin Constant e Coari; nas áreas de Cardiologia, Pneumologia, Reumatologia, Neuropediatria, Neurocirurgia, Estomaterapia e Nefrologia, utilizando a tecnologia da Rute.
Coordenada pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), a Rede Universitária de Telemedicina está presente em Universidades, Hospitais Universitários (HUs) e Instituições de Ensino de todo o país. As unidades de Telemedicina são dotadas de equipamentos de ponta para comunicação em tempo real, conectados à uma infraestrutura de rede de alto desempenho que é operada pela RNP.
Segundo Luiz Ary Messina, coordenador nacional da Rute, “a experiência da aplicação da Telemedicina no Amazonas foi fundamental para validar o modelo, pois mostrou que o atendimento a distância pode funcionar em qualquer lugar’’.
A experiência, que vem de longo tempo — desde 2009 -, foi sendo ampliada com apoio da Rute e do Programa Nacional Telessaúde Brasil Rede, abrangendo todos os municípios do Amazonas. Atualmente, os municípios que têm campus avançado da Ufam concentram o atendimento nas diversas especialidades. Os médicos fornecem opinião especializada para indivíduos que, muitas vezes, não têm condições físicas nem financeiras para realizar grandes deslocamentos.
De acordo com Adriany Araújo, gestora da GMTS, a Teleconsulta foi o projeto piloto que deu certo. É realizada a partir da matriz (Telessaúde – Ufam), onde estão os especialistas; e também nos pontos remotos, onde há médicos e/ou enfermeiros que atuam junto ao paciente na troca de informações, na hipótese diagnóstica ou com uma segunda opinião.
Além disso, a mediação tecnológica também é usada como ferramenta para capacitar profissionais que atuam fora de Manaus. “Em geral, é oneroso para qualquer profissional se manter atualizado, e os profissionais da saúde que atuam nas unidades do interior do Amazonas encontram uma dificuldade a mais. A Tele-educação oferece atualização científica sem que os profissionais precisem sair dos municípios em que atuam”, conclui Araújo.