A data de 14 de novembro marca ações de conscientização pelo Dia Mundial do Diabetes, doença que atinge cerca de 9% da população adulta mundial, conforme dados da International Diabetes Federation.
Ainda segundo a organização, o fator com maior influência no desenvolvimento do diabetes tipo II é o estilo de vida, ou seja, a alimentação e a prática de exercícios físicos são a chave para a prevenção.
A última pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizada em 2015, aponta que cerca de 60% da população com 15 anos ou mais não praticaram algum esporte ou atividade física naquele ano.
“É um quadro que precisa ser revertido, levando em conta os inúmeros benefícios que uma vida ativa pode trazer à qualidade de vida. Além de contribuir para o bom funcionamento do corpo, a atividade física tem um papel importante na prevenção de doenças degenerativas”, comenta Rafael Zimak, gerente técnico da academia Bodytech, do Shopping Iguatemi Ribeirão Preto.
Incidência
Um estudo divulgado pelo Instituto de Medição e Avaliação de Saúde (IHME), da Universidade de Washington, também reforça as campanhas de prevenção do diabetes. De acordo com a pesquisa, as principais causas de morte prematura no Brasil, em 2040, serão doença cardíaca isquêmica, diabetes e mal de Alzheimer.
Em um comparativo com os dados de 2016, a segunda e terceira principais causas de morte prematura no país eram violência interpessoal e acidentes de trânsito. A entrada do diabetes e mal de Alzheimer para a lista está relacionada a um crescimento gradativo dessas doenças em um contexto internacional.
Conforme dados do Ministério da Saúde, em dez anos (2006 a 2016), houve um aumento de 61,8% de casos de diabetes. Já em relação ao mal de Alzheimer, a estimativa é que o número total de diagnósticos, no mundo, alcance o triplo da taxa de 2018 até 2050, os dados são da Abraz (Associação Brasileira de Alzheimer).
Prevenção
No caso do diabetes, a obesidade e o sedentarismo são fatores de risco. “A prática regular de atividade física influencia diretamente na melhora da capacidade funcional, no controle do peso corporal e na modulação dos níveis glicêmicos”, afirma Rafael.
Como a atividade física é uma aliada do tratamento do diabético, é importante que exista também um acompanhamento profissional quando já houver um diagnóstico: “Durante o exercício, é necessário estar atento aos sintomas de baixa glicemia, como tremores, sudorese intensa e sensação de desmaio”, explica o gerente técnico.
O mal de Alzheimer, apesar de não possuir uma relação direta com nenhuma causa, tem entre seus fatores de risco: hipertensão, diabetes, obesidade e sedentarismo. Um estudo publicado pelo British Journal of Psychology mostrou que manter o corpo em atividade pode trazer importantes benefícios para a memória, já outra pesquisa divulgada pelo Journal of Alzheimer’s Disease apontou que caminhar pode melhorar a função cognitiva em pessoas idosas.