Uma pesquisa realizada por pesquisadores da Universidade de Gante, na Bélgica, aponta que o cérebro processa as linguagens faladas e de programação de maneira bastante similar.
Isso indica que, assim como pessoas bilíngues ou multilíngues, quem sabe programar pode retardar a manifestação do Alzheimer.
A doença degenerativa do cérebro afeta em torno de 30 milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, sendo a forma de demência mais comum. O cérebro de quem fala mais de uma língua tem mais densidade de massa cinzenta e melhores conexões, o que significa melhor capacidade de adaptação e funcionalidade.
Quando o cérebro de alguém bilíngue começa a se degenerar, há mais reserva para suprimir os sintomas. E saber múltiplas linguagens de programação pode ter o mesmo efeito.
“Descobrimos a primeira evidência empírica de que tanto a linguagem natural quanto a de programação exigem as mesmas áreas do cérebro”, explica a professora da Universidade de Passau, na Alemanha, Janet Siegmund. “Com base nisso, podemos deduzir que a compreensão das linguagens de programação e os idiomas naturais parecem similares”.
A professora explica que ambas as linguagens exigem o processamento de símbolos e gramática. “A inibição é a chave para o treinamento do cérebro e o início retardado do Alzheimer. Então, de forma hipotética, se você conhece várias linguagens de programação diferentes e precisar inibir uma para aplicar outra, é possível que elas tenham um efeito semelhante”, explica.
Via Motherboard