Os acidentes domésticos são a principal causa de morte de crianças de 1 a 14 anos no Brasil. No total, cerca de 4,7 mil crianças morrem e 125 mil são hospitalizadas anualmente, segundo dados do Ministério da Saúde (fonte: Criança Segura).
Dentre as ocorrências, o engasgo em bebês é a maior causa de acidentes domésticos com crianças com menos de um ano de idade. E as causas mais recorrentes são aquelas que já conhecemos, mas sempre pensamos que nunca vai acontecer com a gente, como uma asfixia por causa daquele kit de berço, travesseiros e lençóis, aspiração de objetos pequenos (como moeda, botão) e engasgos durante a mamada ou alimentação.
É muito comum a mamãe, de madrugada, amamentar seu bebê na cama, semi-deitada. Entretanto, essa é uma posição de risco. O bebê fica deitado e sonolento, o que aumenta as chances de ele se engasgar com o leite. Quanto mais ereto e mais acordado o bebê estiver, menores são as chances de um acidente. Além disso, a mãe também pode cair no sono e dormir sobre o bebê, asfixiando-o. É cansativo, mas se levantar para amamentar é mais seguro.
Já quando o bebê utiliza a mamadeira, não é raro que se aumente o furo do bico. O ideal é que sejam utilizados bicos sem fissuras, ortodônticos e com sistema de saída de ar. E, mesmo que o bebê já saiba segurar sua mamadeira, é importante que ele esteja sempre sob a supervisão de um adulto. A dica continua valendo para copos!
Já ao introduzir alimentos, é preciso se certificar da temperatura dos alimentos, do tamanho dos pedaços e da quantidade a ser oferecida na colher. A comida deve ser esmagada no garfo ou cortada em pedaços bem pequenos, para que a criança mastigue e consiga respirar sem dificuldade. Da mesma forma, a quantidade que se oferece em uma colher deve ser proporcional ao tamanho da criança, para que ela saboreie o alimento, sem ter dificuldade em engolir.
Brincar com a comida faz parte da descoberta, mas a supervisão de um adulto é sempre imprescindível. A qualquer momento um grão, como feijão ou milho, pode ir para o nariz! Comidas como uvas, cerejas, azeitonas, pipocas, balas duras devem ser sempre oferecidas em pedaços menores. E mesmo que seu filho já saiba comer sozinho, é seguro que um adulto o observe até os cinco anos de idade (aliás, alimentação é algo que se faz em família, certo?). E evite que seu pequeno corra por aí comendo ou se alimente dentro do carro.
Também sabemos que não é só na hora da refeição que as crianças correm risco de engasgar. Durante a brincadeira, temos que ter muito cuidado. Brinquedos que soltam partes, brinquedos não adequados à faixa etária devem ser passados para a frente ou guardados para quando o bebê estiver maiorzinho. Se tiver um irmão mais velho, é importante separar os brinquedos com peças pequenas e só liberar a brincadeira quando o mais novo estiver dormindo.
O risco de asfixia por aspiração de objetos pequenos é muito comum com crianças pequenas, já que, para elas, a boca é um órgão sensorial e por meio dela os pequenos querem descobrir o mundo, assim como fazem com as mãozinhas. Dica: usar um potinho de filme ou um potinho de surpresa que vem naquele ovinho de chocolate para medir o que realmente é pequeno: se um objeto, de alguma forma, passar pelo diâmetro de um dos potinhos, ele deverá estar fora do alcance da criança.
Para mais dicas, visite o site da ONG Criança Segura e deixe sua Casa sempre Segura, com educação + prevenção + supervisão.
fonte: Diiirce