Pular para o conteúdo

Boa Companhia apresenta espetáculo Primus em Guaíra

primus - Alexandre, Eduardo e MoacirA Boa Companhia irá apresentar Primus em Guaíra nos dias 10 e 11 de maio na Casa de Cultura Prof. João Augusto de Mello como parte das comemorações dos 15 anos de estrada do espetáculo.

Contemplado pelo Programa de Ação Cultural da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo (ProAC), o Projeto Primus 15 anos conta com as duas apresentações do espetáculo, além da oficina “Na Batida da Evolução” – ministrada pelos atores da Companhia – e da exibição do documentário “Macacos me Mordam” – que mostra a trajetória do espetáculo dentro desses 15 anos de existência. A entrada é gratuita para todos os eventos do projeto e a Boa Companhia conta com a parceria da Prefeitura Guaíra para sua realização.

O espetáculo, que já se apresentou em países como Portugal, Alemanha, Rússia e Marrocos, recebeu importantes prêmios em Festivais Nacionais e internacionais. Logo depois de Guaíra o grupo embarca para Havana – Cuba, onde foi convidado para fazer parte do festival Mayo Teatral.

SOBRE PRIMUS

Baseado no conto “Comunicado para uma Academia”, de Franz Kafka, datado de 1917, o espetáculo conta a história de um macaco que, para garantir seu lugar ao sol, aprendeu a ser homem e tornou-se um pop-star do teatro de variedades. Os atores, ora feras amestradas, ora amestradores, cantam, tocam e sapateiam. Afinal, todos precisamos de um lugar ao sol. Enquanto ainda há sol.

O conto, escrito na primeira pessoa pelo personagem-narrador, em forma de um relato, narra a história de um macaco que após ser caçado e capturado consegue transformar-se em humano e relata a uma academia de ciências como aprendeu a falar e comportar-se como gente. Só que, no caso, comportar-se como um humano significa aprender a cuspir, fumar e se embriagar – comportamento que nosso personagem aprende à custa de queimaduras e chicotadas. Duas alternativas de sobrevivência lhe são oferecidas: o jardim Zoológico ou o show business (teatro de variedades); ele escolhe o show business.

Questões filosóficas relativas à superioridade do ser humano frente à natureza, os limites entre natureza e cultura, a necessidade de submissão e consequente perda da liberdade para fazer parte do show da “civilização”, o humano como reino da necessidade e não da liberdade, são alguns dos instigantes questionamentos trazidos pelo conto.

A peça é dirigida por Verônica Fabrini tendo no elenco: Alexandre Caetano, Eduardo Osorio, Daves Otani e Moacir Ferraz. Com a duração de 60 minutos a classificação indicativa é para 14 anos

SOBRE A BOA COMPANHIA

A Boa Companhia, com sede em Barão Geraldo – Campinas atua desde 1992 e tem como proposta a pesquisa da linguagem cênica a partir do trabalho do ator. Com uma arrojada mistura de linguagens, a companhia segue para além dos limites do teatro, permeando os campos da música e dança. O grupo vem norteando sua atuação por meio da pesquisa, intercâmbio, montagem de espetáculos, performances e projetos ligados à arte-educação. Em sua trajetória dedicou-se a encenar textos que vão de Shakespeare a Qorpo Santo, passando por Nelson Rodrigues e Samuel Beckett, além de adaptações de autores como Franz Kafka e Hilda Hilst.

DOCUMENTÁRIO MACACOS ME MORDAM

Será exibido no dia 10 (sábado) de maio, as 21h, logo após a apresentação do espetáculo. A entrada é gratuita

O Macacos me Mordam tem além de um olhar apurado para o processo enquanto constante investigação, estimular o debate com o público após as apresentações, oferecendo informações sobre a maneira de trabalhar do grupo, mostrando pontos de vista sobre o trabalho realizado sob a ótica de diferentes especialistas que acompanham e acompanharam a longa trajetória do espetáculo ou que entraram em contato em momentos pontuais, situando o trabalho dentro da história do grupo bem com no panorama da produção teatral nacional.

OFICINA NA BATIDA DA EVOLUÇÃO

Está marcada para ser aplicada no dia 11 (domingo) de maio, das 14h às 17h, também com entrada gratuita.  O público alvo são atores profissionais ou amadores, dançarinos, estudantes de artes da cena, músicos. Idade mínima é de 16 anos, com número de vagas limitado em 20, preenchimento por ordem de inscrições que podem ser feitas pelo email alonsomiriam3@gmail.com

A oficina tem como objetivo compartilhar uma linguagem específica, fundamental na construção do espetáculo Primus: a percussão. Por meio de exercícios de percepção rítmica, jogos, palmeados, sapateados e instrumentos variados, os participantes poderão vivenciar e experimentar parte do processo de criação coletiva realizado em PRIMUS.