Mais brasileiros apostam em consórcios na hora de trocar de automóvel; saiba como funciona
A ideia de trocar de carro sem pagar juros e ainda contar com parcelas mais em conta tem conquistado cada vez mais adeptos em 2024 e 2025. Segundo dados divulgados pela ABAC (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio) em janeiro de 2025, as vendas de novas cotas de consórcio de veículos cresceram 11% em comparação ao mesmo período de 2023. Nesse cenário, o especialista consórcio Alexandre Kloch comenta: “É possível pagar as parcelas sem ter que arcar com as altas taxa de juros do financiamento, que encarece tanto o valor final, desta forma dá para se planejar e poupar ao mesmo tempo”, afirma ele, que hoje considera o consórcio uma alternativa mais econômica para renovar o automóvel.
A dinâmica é simples: ao ingressar em um consórcio, o participante passa a integrar um grupo de pessoas com o mesmo objetivo de compra, no caso, um veículo novo ou seminovo. Mensalmente, todos contribuem com parcelas que formam um fundo coletivo, usado para contemplar um ou mais integrantes por sorteio ou lance. Assim, quando é contemplado, o consorciado recebe uma carta de crédito que permite a aquisição do carro. Esse processo, por não envolver instituições financeiras tradicionais, evita a cobrança de juros. “O custo final tende a ser muito menor que o de um financiamento bancário”, reforça Kloch.
Além de ser possível usar o consórcio para a primeira compra de veículo, muitos optam por essa modalidade exatamente para realizar a troca do automóvel antigo. De acordo com um levantamento divulgado em fevereiro de 2025 pelo Banco Central do Brasil, cerca de 42% das pessoas que ingressaram em consórcios de veículos no ano anterior declararam que o principal propósito era substituir seu carro atual. A vantagem é que, se for necessário adquirir um automóvel mais caro do que o valor original da cota, o comprador pode completar a diferença com recursos próprios ou até mesmo com o dinheiro obtido na venda do carro antigo.
Outro ponto favorável ao consórcio é a flexibilidade para buscar descontos. Afinal, com a carta de crédito em mãos, o comprador paga o veículo à vista para a concessionária ou para o particular, o que costuma viabilizar melhores negociações de preço. Também há administradoras que permitem a chamada “compra de veículo de valor inferior”, caso o objetivo seja economizar e ainda aproveitar o crédito restante para quitar parcelas futuras ou custear despesas de documentação e seguro.
Por outro lado, é fundamental prestar atenção às regras do contrato. Cada administradora estabelece prazos, valores de parcela e políticas de lance que podem mudar conforme o grupo de consórcio escolhido. Alexandre Kloch aconselha os interessados a lerem com cuidado: “Pesquise a reputação da administradora no Banco Central e verifique se ela é associada à ABAC. Ter a garantia de uma empresa sólida é metade do caminho para fazer um bom negócio”, pontua.
Para quem deseja se planejar melhor, a recomendação é colocar na ponta do lápis o valor médio das parcelas e analisar se elas cabem no orçamento mensal, bem como definir o tipo de automóvel que se deseja adquirir. Nesse sentido, usar simuladores de consórcio — muitos disponíveis nos sites das próprias administradoras — ajuda a ter uma visão mais clara sobre a duração do plano e a quantia de cada prestação.
Seja para quem quer finalmente adquirir o primeiro automóvel ou para quem pretende apenas trocar o carro por um modelo mais moderno, o consórcio se consolida como opção viável para evitar a temida “bola de neve” dos juros. Com planejamento e disciplina, vale o esforço de aguardar a contemplação para, enfim, rodar de carro novo com a tranquilidade de ter feito um investimento mais econômico e coerente com as próprias finanças.
Nax Open Finanance – Soluções Financeiras
Alexandre Luis Kloch
Especialista em consórcio
@alexandrekloch
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