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Como viajar com seu pet para fora do Brasil

Regras e dicas essenciais para gabaritar as exigências e garantir uma viagem tranquila para seu companheiro

Jovem mulher em avião com seu animal de estimação na bolsa de transporte
Créditos: Su Arslanoglu/iStock

De acordo com dados de 2022 do Ministério das Relações Exteriores (MRE), mais de 4 milhões de brasileiros vivem fora do Brasil. Esse número supera a população da Paraíba, por exemplo, e evidencia como os brasileiros têm interesse em começar uma nova vida lá fora.

Isso pode impactar diretamente a vida dos pets, que dependem de seus tutores. E é neste momento que surge a dúvida: como fazer uma viagem internacional com um gato ou cachorro?

Hoje, as principais companhias aéreas já estão cientes da demanda e autorizam o embarque de animais em voos, mas cada país tem a sua própria regra para o recebimento de animais. Confira mais informações a seguir.

Cuidados com o pet

Antes de tudo, é necessário pensar na saúde do seu pet. Ficar preso na caixa de transporte durante horas vai exigir que você acostume o seu animal a isso. É muito importante contar com um médico veterinário durante esse processo, tanto para avaliar os melhores passos para adestrar o seu bichinho quanto para se certificar que está tudo certo com a saúde dele.

O ideal é sempre decidir ir por voos diretos e trajetos mais curtos, para evitar o estresse e a desidratação do pet.

Passagem para o pet

É fundamental verificar as regras das companhias aéreas para o transporte de cães, gatos e coelhos. As regras dependem de cada companhia. No geral, as companhias exigem que o peso do animal, mais o peso da caixa, seja de até 10 kg, porém cada companhia especifica o peso total e as dimensões das caixas de transporte.

Vacinas e atestados de saúde para o pet

Para viajar, o pet precisa ter documentações que aprovem a boa saúde. O bichinho de estimação precisa estar com as vacinas em dia e ter um atestado de saúde para viajar – é necessário ter todos os comprovantes de vacinas, incluindo a vacina antirrábica e outras vacinas anuais.

Cada companhia tem suas regras sobre o atestado de saúde, mas, no geral, esses atestados devem ser emitidos no prazo máximo de 10 dias antes do voo, além do Certificado Zoossanitário Internacional (CZI), que deve ser emitido pela Vigilância Agropecuária Internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

Preparando o pet para a viagem

A caixa de transporte precisa estar limpa, sem odores desagradáveis, e deve permitir a ventilação e o espaço adequado para o animal estar confortável.

Há uma taxa de transporte para o pet, e é necessário reservar o assento. O valor é cobrado em dólares, e pode ser aproximadamente de US$ 250 por trecho, o que equivale a 1.427,47 reais na tarifa atual.

Para viajar com o animal na cabine, é necessário colocá-lo debaixo do assento. Se optar por levá-lo pelo porão, é necessário identificar o pet e a caixa de transporte. A caixa é presa para evitar que fique se mexendo, e é recomendado deixar um tapete higiênico e uma peça de roupa do dono com o pet.

Caso necessário, verifique com seu médico veterinário a necessidade de dar medicamentos que aliviam a náusea, como o Cerenia.

No desembarque, a retirada do pet é feita na retirada de bagagens, e não na esteira.

Desembarcando com o pet

Tanto para levar quanto para trazer animais nos trechos internacionais, é necessário verificar se o país de destino aceita a espécie do animal a ser transportado, quais são as vacinas exigidas pelo país de desembarque e com quanto tempo de antecedência é necessária a emissão do CZI.

Uma opção para quem vai se mudar para um dos países do Mercosul é emitir o Passaporte para Trânsito de Cães e Gatos, que substitui o CZI na região destacada.