Por Guilherme Fernandes, Head de Growth da TARGIT Brasil
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Vivemos na era da informação, a qual é marcada por um volume de dados gerados diariamente que nunca foi visto anteriormente. Essa situação gera um significativo obstáculo para as empresas: a capacidade de extrair informações valiosas e convertê-las em decisões estratégicas.
Por isso, os líderes das empresas enfrentam a necessidade de obter maior agilidade na tomada de decisões baseadas em dados e alinhadas aos objetivos de negócios. Sem isso, correm o risco de perder eficiência e, principalmente, perder a clareza necessária para escalar a operação com segurança.
Nesse cenário, o Business Intelligence (BI) surge como a melhor resposta para a demanda, ao organizar e converter dados em insights acionáveis, tornando-se o “ponto de partida” para empresas que desejam estruturar um desempenho financeiro crescente e sustentável.
Trata-se de antecipar cenários, definir caminhos e agir com precisão. A prova disso está em um estudo da McKinsey, “The Data-driven enterprise 2025”: a integração de Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning no BI possibilita análises precisas e gera alertas automáticos sobre oportunidades e riscos.
As cinco tendências de BI
Em 2025, cinco tendências de BI se destacam para atender às demandas críticas de escalabilidade, velocidade e adaptabilidade:
- IA e automação: a análise automatizada, por meio de algoritmos de IA, permite acesso imediato a relatórios e permite decisões fundamentadas. Isso é um diferencial para evitar que a falta de dados resulte em perda de oportunidade ou ineficiência operacional.
- Escalabilidade na nuvem: o BI na nuvem oferece flexibilidade para aumentar ou reduzir a capacidade de armazenamento de dados, de acordo com a demanda. Isso permite lidar com grandes volumes de informação sem perda de desempenho, mesmo em momentos de pico, e sem necessidade de altos investimentos em infraestrutura física.
- Democratização do acesso: painéis com relatórios integrados permitem que colaboradores de todas as áreas acessem os dados, tornando o BI uma “linguagem comum” na empresa. Isso não apenas acelera as decisões, mas torna essas decisões mais personalizadas e assertivas.
- Personalização para novas demandas: a análise de dados permite a criação de novos Indicadores Chaves de Desempenho (KPIs) e novos objetivos estratégicos, mantendo o alinhamento das informações analisadas com as prioridades do negócio.
- Governança dos dados: à medida que as normas regulamentadoras, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), se tornam mais rigorosas, a capacidade de proteger os dados para garantir a conformidade se torna um critério decisivo no uso do BI.
Maturidade do BI
Essas tendências se aplicam às empresas de diferentes estágios de maturidade em relação ao uso de dados:
- Adoção inicial: empresas que devem estabelecer um ambiente centralizado de dados para relatórios confiáveis. Seus desafios são a baixa alfabetização em dados e a falta de processos para governança. Os benefícios do BI são maior visibilidade dos dados e redução de tempo na geração de relatórios.
- Expansão estratégica: empresas que já utilizam BI para relatórios e análises, mas ainda não exploram seu potencial estratégico. Seus desafios são conectar BI ao planejamento estratégico, adotar análises preditivas e integrar múltiplas fontes de dados. Os benefícios do BI são aperfeiçoamento na tomada de decisão, redução de custos e otimização de processos.
- Maturidade plena: empresas que já possuem BI disseminado e integrado na estratégia de negócio. Seus desafios são escalar o uso do BI, garantir qualidade dos dados e automatizar processos analíticos. Os benefícios do BI são decisões em tempo real, inovação constante e maior eficiência operacional.
Independentemente do nível de maturidade, o BI é essencial para reforçar a importância de um ambiente corporativo orientado a dados (o que também chamamos de “cultura data-driven”).
Por isso, em 2025, escalar a operação significará, acima de tudo, escalar inteligência: mais do que extrair dados, é preciso dominá-los, contextualizá-los e transformá-los em estratégia.
Se a combinação de tecnologia robusta e expertise estratégica é o diferencial para um futuro mais sólido e competitivo para as empresas, o BI é o “caminho sem volta” para que as empresas explorem novos mercados sem perder o controle do core business.