IA deixa de ser auxiliar e deve assumir papel central nas estratégias empresariais, mudando a maneira como as empresas operam no Brasil e no mundo
A inteligência artificial (IA) está moldando o futuro dos negócios e, em 2025, promete ser um divisor de águas no empreendedorismo. De ferramenta auxiliar a peça central nas estratégias empresariais, a IA já está sendo amplamente utilizada em diversas frentes, como atendimento ao cliente, automação de tarefas administrativas, análise de dados e até mesmo na criação de propostas comerciais.
“Hoje, a inteligência artificial já é uma aliada indispensável para quem empreende, mas ainda está em sua fase inicial como co-piloto de muitas operações. Estamos à beira de uma revolução muito maior”, afirma Marlon Freitas, cofundador da Agilize Contabilidade. Ele destaca que, apesar de sua complexidade, a IA está se tornando cada vez mais acessível. “Antes, apenas grandes empresas tinham condições de investir nessas tecnologias, mas agora até micro e pequenas empresas podem implementar soluções de IA que trazem ganhos imediatos de eficiência e redução de custos”, acrescenta.
PROJEÇÕES DO USO DE I.A.
De acordo com um relatório do Gartner, que fornece insights e tendências estratégicas sobre tecnologia e negócios digitais, a adoção de IA por pequenas e médias empresas crescerá 30% até 2025, sendo considerada um elemento indispensável para garantir a competitividade.
Dados do IDC (International Data Corporation), consultoria especializada em tecnologia, corroboram essa visão, mostrando que empresas que incorporam IA conseguem aumentar a produtividade em até 40%. A MIT Technology Review, revista digital que analisa o impacto social, político e comercial das novas tecnologias, aponta que o uso de IA não apenas otimiza processos, mas também melhora a experiência do cliente, tornando-a mais personalizada e eficiente.
Freitas explica que a IA tem potencial para transformar áreas críticas das empresas. “Por exemplo, o atendimento ao cliente com chatbots baseados em IA permite respostas instantâneas e personalizadas, algo que melhora a experiência do consumidor e ainda reduz custos operacionais. Além disso, na análise de dados, a IA consegue detectar padrões e tendências que antes passavam despercebidos, permitindo que o empreendedor tome decisões mais informadas e estratégicas”, avalia o empresário.
I.A. NAS EMPRESAS BRASILEIRAS
No Brasil, o mercado de IA está em franca expansão. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), 37% dos postos de trabalho no Brasil estão expostos à IA generativa, indicando mudanças substanciais em funções administrativas e operacionais nos próximos anos. Paralelamente, o país tem avançado no campo da pesquisa, ocupando a 13ª posição mundial em produção científica sobre IA, com 6,3 mil estudos publicados, segundo dados da CAPES. “O Brasil tem tudo para se destacar como um dos líderes na adoção de inteligência artificial. Estamos vendo uma convergência entre a necessidade de inovação e a acessibilidade dessas tecnologias, o que é muito animador”, afirma Freitas. Ele acredita que, para que o país aproveite essa oportunidade, os empreendedores precisam encarar a IA não apenas como uma ferramenta, mas como um parceiro estratégico. “Adotar IA não é mais uma questão de luxo, é uma necessidade. Quem não se adaptar a essa realidade vai ficar para trás”, alerta.
Os exemplos práticos são muitos. Empresas que implementam IA para atendimento ao cliente, como chatbots baseados em linguagem natural, informam uma redução de até 25% no tempo de resposta, segundo dados do Gartner. “Isso reflete diretamente na satisfação do cliente e, no final, no faturamento das empresas. E o melhor: é uma solução que qualquer empreendedor pode adotar com um custo relativamente baixo hoje em dia”, explica Freitas.
O impacto global é evidente, mas o Brasil está se posicionando como um dos principais mercados emergentes para a tecnologia. Iniciativas públicas e privadas estão fomentando o uso da IA em setores estratégicos, enquanto empresas como a Agilize mostram como ferramentas inovadoras podem transformar negócios de todos os tamanhos.
Freitas finaliza com um alerta: “A inteligência artificial não é uma moda passageira. Estamos vendo o começo de uma nova era. Empreendedores que entendam isso e se adaptem rapidamente terão uma vantagem competitiva gigantesca nos próximos anos”.
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