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Transplante capilar feminino: quando realizar?

O procedimento não é exclusivo dos homens: mulheres também podem fazer o transplante capilar para consertar falhas no couro cabeludo, cobrir cicatrizes e melhorar o desenho da testa para elevar a autoestima

Transplante capilar feminino: quando realizar?
créditos da imagem: Associação Brasileira de Cirurgia da Restauração Capilar

 

A restauração capilar em mulheres envolve um procedimento cirúrgico que utiliza cabelo da própria paciente para preencher áreas calvas ou com afinamento capilar. O cabelo é transplantado de uma área saudável do couro cabeludo para a área afetada, resultando em um cabelo mais volumoso e natural.

Cerca de 40% do público que vem sofrendo com algum tipo de queda capilar é composto por mulheres, um crescimento de quase 10% comparado aos últimos três anos, segundo a SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia). Com isso, o número de mulheres que passaram a sofrer com sua autoestima e confiança também aumentou, e o transplante capilar feminino se tornou uma saída.

São diversas as causas que podem ocasionar a perda de cabelo nas mulheres, como:

  • Genética: a calvície feminina ou alopecia androgenética é uma das principais razões pelas quais as mulheres optam pelo transplante capilar. Esse tipo de queda de cabelo geralmente afeta as áreas do couro cabeludo e pode resultar em afinamento capilar ou calvície.
  • Cirurgias e acidentes: algumas mulheres podem sofrer perda de cabelo em decorrência de cirurgias, lesões ou acidentes no couro cabeludo. Nesses casos, o transplante capilar pode ser uma opção para restaurar o cabelo perdido.
  • Perda de fios na sobrancelha: muitas mulheres sofrem com a falta de pelos na sobrancelha – muitas vezes pelo excesso de retirada. Com o transplante de sobrancelhas, é possível dizer adeus às falhas!

Técnicas de transplante capilar feminino 

As técnicas realizadas são as mesmas do público masculino: FUE (Follicular Unit Extraction) ou FUT (Follicular Unit Transplantation).

Na técnica FUE, cada folículo capilar é retirado individualmente da área doadora. O cirurgião cria pequenos orifícios no couro cabeludo receptor e insere manualmente os folículos capilares um a um. A cicatriz é puntiforme e muito detalhada.

Já a técnica FUT envolve a remoção de uma faixa de tecido capilar da área doadora, que é então dividida em folículos individuais pelo cirurgião. A área doadora é suturada, deixando uma cicatriz linear, que pode ser coberta pelo cabelo circundante. Em seguida, os folículos capilares são inseridos na área calva com pequenas incisões no couro cabeludo.

O que eu tenho achado muito interessante é que as mulheres têm optado pela técnica FUE, por não quererem ficar com uma cicatriz, mesmo embaixo dos cabelos. Eu pensava que elas prefeririam a técnica FUT, para não ter que raspar a cabeça, mas estamos fazendo com mais frequência a técnica FUE, raspando a cabeça em uma área mais limitada da área doadora. Felizmente o cabelo cobre muito bem a área raspada”, conta Dr. Henrique Radwanski, presidente da Associação Brasileira de Restauração Capilar (ABCRC).

A Associação Brasileira de Restauração Capilar (ABCRC) reforça que o procedimento deve ser realizado apenas por dermatologistas ou cirurgiões plásticos especialistas, e em uma clínica devidamente preparada para esse tipo de cirurgia. Após uma avaliação cuidadosa da condição do couro cabeludo e da qualidade do cabelo existente, o médico poderá discutir a melhor técnica para cada caso.

Além disso, é fundamental que as mulheres tenham expectativas realistas e entendam que a restauração capilar pode não ser uma solução para todos os casos de queda de cabelo.

 

Sobre a ABCRC

A ABCRC é uma associação sem fins lucrativos composta por médicos dermatologistas e cirurgiões plásticos que realizam cirurgia de restauração capilar. O objetivo da entidade é congregar os profissionais e propiciar atualizações científicas, garantindo a defesa profissional e o renome brasileiro no transplante capilar.