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Setembro Amarelo: 5 dicas para abordar a importância da saúde mental com os alunos

Ações aplicadas às crianças desde cedo podem ajudar a promover um futuro mais saudável e consciente

Setembro Amarelo- 5 dicas para abordar a importância da saúde mental com os alunos
Foto: banco de imagem/Freepik

Tradicional campanha brasileira, Setembro Amarelo traz à tona a importância da saúde mental e a conscientização da população sobre a prevenção ao suicídio, a fim de quebrar tabus e oferecer apoio a quem precisa. No meio educacional, a ação torna-se ainda mais forte com o apoio dos educadores ao iniciar conversas sobre o bem-estar emocional com as crianças. Junto aos pais, o processo se intensifica, sendo crucial para entender e auxiliar os jovens alunos.

Abordar esses temas de maneira adequada pode ajudar a construir uma base sólida para que os jovens desenvolvam uma mentalidade saudável desde cedo. No entanto, cuidados precisam ser tomados para que a aproximação do assunto seja a mais eficiente e cuidadosa possível, e, para isso, algumas dicas são necessárias neste contato.

Juliana Ferraz, Coordenadora do Colégio Anglo Leonardo da Vinci compartilhou 5 dicas para abordar questões de saúde mental com os alunos de forma leve e objetiva:

1. Crie um ambiente de confiança e acolhimento: O primeiro passo para falar sobre saúde mental é garantir que a criança se sinta segura e acolhida.

“É muito importante que os alunos se sintam à vontade para expressar seus sentimentos e pensamentos, sem medo de ser julgados ou reprimidos. Demonstre empatia e esteja sempre disponível para ouvir, reforçando que todas as emoções são válidas”, complementa Juliana.

2. Use linguagem simples e adequada à idade: Para a especialista, ao conversar com crianças, é fundamental adaptar a linguagem à idade delas, evitando termos técnicos ou complexos que possam gerar confusão. O ideal é utilizar exemplos do cotidiano para explicar emoções ou situações, tornando o assunto mais acessível e compreensível.

3. Ensine sobre as emoções e como identificá-las: Quando se trata de aprender sobre as emoções, nomeá-las pode ser uma boa estratégia.

“Utilize livros, jogos e atividades lúdicas que estimulem o autoconhecimento emocional. Ensinar as crianças a identificar o que sentem é um passo importante para que elas possam lidar com suas emoções de forma saudável”, pontua Ferraz.

4. Incentive a expressão de sentimentos: Falar o que sente, seja através de palavras, desenhos ou outras formas de expressão, é uma ótima maneira de trabalhar o assunto.

Conforme a coordenadora, “é essencial que os alunos saibam que podem compartilhar seus sentimentos e que isso é um sinal de força, não de fraqueza. Crie momentos em que a família possa discutir sentimentos juntos também, promovendo a abertura do diálogo”.

5. Seja um exemplo positivo: É extremamente normal que as crianças se espelhem nos exemplos que fazem parte de seu cotidiano e, consequentemente, aprendem com eles. Na escola, o reflexo pode ser ainda maior por meio dos professores e docentes, sobretudo ao expor como lidam com suas próprias emoções e momentos de estresse.

Mostrar que é normal sentir tristeza, frustração ou ansiedade, e que existem maneiras saudáveis de enfrentar essas emoções, pode inspirar as crianças a fazerem o mesmo.

“Abordar a saúde mental é um tema delicado, mas muito necessário. Isso pode ajudar os alunos, desde cedo, a desenvolverem habilidades emocionais que serão relevantes ao longo da vida. Com essas dicas, pais e educadores podem contribuir para o bem-estar emocional das novas gerações, promovendo um futuro mais saudável e consciente”, conclui Juliana.