Pular para o conteúdo

Eletroconvulsoterapia: quando é indicada para tratamento psiquiátrico?

Eletroconvulsoterapia- quando é indicada para tratamento psiquiátrico?

A eletroconvulsoterapia (ECT) é um procedimento médico indicado principalmente no tratamento de alguns transtornos psiquiátricos, como a depressão grave, o transtorno bipolar, a esquizofrenia e o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), quando outras abordagens não surtiram efeito.

Essa terapia consiste na aplicação de correntes elétricas breves e controladas no cérebro, induzindo uma convulsão terapêutica.

A ECT é usada para alterar a química cerebral de uma maneira que alivia os sintomas graves desses distúrbios psiquiátricos e causa melhora na saúde do paciente.

Interessado no assunto? Saiba mais sobre esse tratamento a seguir!

Quando a ECT é recomendada?

Além dos transtornos psiquiátricos mencionados, a eletroconvulsoterapia também pode ser indicada para uma variedade de outros distúrbios mentais graves e resistentes ao tratamento.

A ECT demonstra eficácia no tratamento de transtornos mentais durante a gravidez e o período pós-parto, em indivíduos intolerantes aos efeitos colaterais de medicamentos, no transtorno de personalidade limítrofe (Borderline) e em outras psicoses funcionais que não respondem ao uso de antipsicóticos.

Além disso, ela ajuda a controlar a epilepsia refratária e a Doença de Parkinson, visto que melhora os sintomas extrapiramidais (movimentos involuntários) e os sintomas depressivos.

Como a eletroconvulsoterapia age no organismo?

Confira como a ECT age no organismo dos pacientes e as principais alterações provocadas por ela.

Alterações neurotransmissoras

A ECT é pensada para causar mudanças nas atividades neurotransmissoras cerebrais, incluindo a liberação de neurotransmissores como a serotonina, a noradrenalina e a dopamina.

Essas alterações são capazes de ajudar a restaurar o equilíbrio químico no cérebro, que pode estar desregulado em decorrência de certos distúrbios psiquiátricos.

Neuroplasticidade

A eletroconvulsoterapia também pode induzir mudanças na plasticidade cerebral. Ou seja, promover a formação de novas conexões neurais e remodelar os circuitos cerebrais.

Por isso, pode contribuir para uma melhor resposta terapêutica ao tratamento, ajudando o cérebro a se adaptar e a recuperar as funções saudáveis.

Modulação da atividade cerebral

Esse procedimento pode modular a atividade e a conectividade entre diferentes regiões do cérebro, tendo efeitos positivos sobre os sintomas psiquiátricos.

Por exemplo, é possível reduzir a hiperatividade em certas áreas do cérebro associadas à depressão ou estabilizar a atividade em áreas envolvidas no processamento emocional.

Quais são as diferenças entre eletroconvulsoterapia e eletrochoque?

O termo eletrochoque pode ser usado de forma ampla e genérica, incluindo situações não médicas, como acidentes elétricos. Por outro lado, a eletroconvulsoterapia é especificamente aplicada no contexto médico como uma forma de tratamento psiquiátrico.

A ECT é realizada em um ambiente controlado, por profissionais médicos treinados e altamente preparados, sob anestesia geral, sendo parte de um protocolo terapêutico planejado para tratar transtornos mentais graves. Assim, o termo eletrochoque, quando usado informalmente, pode não capturar adequadamente esses aspectos clínicos e de segurança associados à ECT.

Quais são os equipamentos utilizados nessa terapia?

Na eletroconvulsoterapia, alguns equipamentos são utilizados para o sucesso do procedimento, que é cuidadosamente controlado e monitorado durante todo tempo. A seguir, confira os principais, além de outros pontos interessantes.

Estimulador elétrico

Esse é o componente central do aparelho de ECT, já que ele gera a corrente elétrica necessária para estimular o cérebro do paciente. O estimulador é capaz de fornecer correntes elétricas de intensidade e duração controladas, conforme prescrito pelo médico.

Eletrodos

Os eletrodos são conectados ao estimulador elétrico e colocados no couro cabeludo do paciente. Eles são responsáveis por transmitir a corrente elétrica gerada pelo estimulador para o cérebro do paciente de forma eficaz e segura.

Geralmente, são utilizados eletrodos bilaterais (colocados em ambos os lados da cabeça) ou unilaterais (colocados em um lado da cabeça), dependendo da recomendação médica e da técnica utilizada.

Monitoramento e controle

Os aparelhos modernos de ECT são equipados com recursos avançados de monitoramento e controle para garantir a segurança e a eficácia do procedimento. Isso pode incluir o monitoramento contínuo da atividade cerebral e a regulação precisa da intensidade e da duração da corrente elétrica, além de sistemas de segurança para detectar e prevenir eventos adversos.

Anestesia e acompanhamento dos sinais vitais

Embora não sejam especificamente parte do aparelho de ECT, os sistemas de anestesia e acompanhamento vital são essenciais durante o procedimento. Eles garantem que o paciente permaneça inconsciente e sem dor ao longo da eletroconvulsoterapia, enquanto acompanham continuamente os sinais vitais, como frequência cardíaca, pressão arterial e oxigenação, a fim de garantir a segurança do paciente.

Por que contar com o Hospital Santa Mônica para realizar esse tratamento?

O Hospital Santa Mônica, desde a introdução do tratamento, em 2019, estabeleceu-se como uma referência confiável e eficaz na prestação de eletroconvulsoterapia (ECT).

Ele conta com uma equipe médica altamente especializada e com instalações modernas, que têm proporcionado um ambiente seguro e acolhedor para os pacientes que buscam ajuda para tratar transtornos psiquiátricos graves.

Com mais de mil procedimentos realizados com sucesso até o momento, o HSM testemunhou inúmeras histórias de melhoria significativa na saúde mental dos pacientes.

Muitos indivíduos que enfrentavam desafios difíceis com a depressãoresistente ao tratamento, o transtorno bipolar e outras condições psiquiátricas encontraram alívio e esperança por meio da ECT oferecida pelo hospital.

Além disso, destaca-se que o Hospital Santa Mônica possui diversas comissões para atender melhor o paciente, como a Comissão de Avaliação do Prontuário Eletrônico, a Comissão de Ética e a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar.

Ainda, conta com a aplicação de Invega Sustenna (medicamento indicado para o tratamento da esquizofrenia e para a prevenção da recorrência dos sintomas esquizofrênicos, sendo também indicado para atuar como um adjuvante aos estabilizadores de humor ou antidepressivos).

O compromisso do HSM com a excelência clínica se reflete não apenas na eficácia dos tratamentos, mas também no cuidado oferecido aos pacientes. A equipe multidisciplinar trabalha em estreita colaboração para fornecer suporte abrangente, incluindo avaliação psiquiátrica, acompanhamento terapêutico e suporte emocional durante todo o processo de tratamento.

Por isso, com uma abordagem centrada no paciente e um histórico comprovado de resultados positivos, o HSM continua a desempenhar um papel crucial na promoção da saúde mental e no bem-estar de seus clientes, oferecendo esperança e uma nova chance de vida para aqueles que enfrentam transtornos psiquiátricos graves, inclusive com o uso da eletroconvulsoterapia.