Entidades médicas solicitaram à Anvisa a liberação da substância. Especialista explica como o fenol pode ser benéfico à área da saúde
Um mês após a proibição do uso de fenol pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Sociedade Brasileira de Dermatologia junto à Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e outras instituições, vieram apúblico pedir a liberação do uso da substância novamente por médicos especialistas, inclusive protocolando um documento junto à Anvisa, com informações científicas que comprovam o uso benéfico, seguro e eficaz do fenol na medicina.
O relatório anexo ao documento apresentado informa que a substância pode ser utilizada, por exemplo, por oncologistas no tratamento de tumores ósseos e outros tipos de câncer, por coloproctologistas e urologistas, além de neurologistas no controle de dores crônicas não malignas refratárias.
A proibição da Agência ocorreu em decorrência do caso de um jovem de 27 anos que morreu após a realização de um procedimento de peeling de fenol, em São Paulo, conduzido pela proprietária de uma clínica de estética que não tinha especialização ou autorização para realizar o procedimento.
Segundo Ricardo Kitamura, dermatologista e professor da Afya Educação Médica, a substância pode ser muito benéfica se manuseada da maneira correta, por profissionais especializados e autorizados. “O peeling de fenol, se executado em um ambiente controlado e com suporte adequado, ajuda a melhorar a textura e a aparência da pele, removendo camadas danificadas e estimulando a regeneração de novas células. Isso pode ser vantajoso para tratar cicatrizes, rugas, manchas e outros problemas de pele”, explica Ricardo.
No entanto, o especialista não ameniza os riscos do manuseio do fenol. “Ele pode causar irritação na pele, queimaduras, e reações alérgicas. Em altas doses, pode ser tóxico e afetar o coração, rins e sistema nervoso. Por isso, seu uso deve ser sempre supervisionado por um médico especializado”, reforça.
Caso a Anvisa atenda à solicitação das entidades de Dermatologia e Cirurgia Plástica, será preciso tomar medidas para evitar o uso incorreto da substância. “Primeiro, é essencial que o fenol seja aplicado apenas por médicos qualificados”, alerta Ricardo. “Além disso, seguir as orientações e protocolos de segurança para o paciente, dosagens e concentração do agente é crucial. E mais: educar os pacientes sobre os riscos e cuidados também são passos importantes para garantir um uso seguro”, complementa.
Para o médico e professor da Afya, uma última e importante atitude deve ser tomada, caso o fenol volte a ser liberado. “É preciso garantir que o produto seja altamente controlado e restrito, tanto nas farmácias que manipulam e dispersam as fórmulas de fenol, quanto para os médicos que o adquirem”, conclui o dermatologista.
Sobre a Afya
A Afya, líder em educação e soluções para a prática médica no Brasil, reúne 38 Instituições de Ensino Superior em todas as regiões do país, sendo 32 com cursos de medicina e 20 unidades promovendo pós-graduação e educação continuada em áreas médicas e de saúde. São 3.853 vagas de medicina autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC) com mais de 20 mil alunos formados.
Com 25 anos de atuação em cidades de pequeno e médio porte, a Afya é pioneira em práticas digitais para aprendizagem contínua e suporte ao exercício da medicina. Um a cada 3 médicos e estudantes de medicina no país utiliza ao menos uma solução digital do portfólio, como Afya Whitebook, Afya iClinic e Afya Papers.
Primeira empresa de educação médica a abrir capital na Nasdaq em 2019, a Afya recebeu prêmios do jornal Valor Econômico, incluindo “Valor Inovação” (2023) como a mais inovadora do Brasil, e “Valor 1000” (2023) como a melhor empresa de educação. Virgílio Gibbon, CEO da Afya, foi reconhecido como o melhor CEO na área de Educação pelo prêmio “Executivo de Valor” (2023). Em 2024, a empresa passou a integrar o programa “Liderança com ImPacto”, do pacto Global da ONU como porta-voz da ODS 3 – Saúde e Bem-Estar.
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