Mudanças hormonais são as maiores responsáveis pela perda de densidade óssea em mulheres
A osteoporose é uma condição médica que atinge milhões de brasileiros, especialmente após os 50 anos de idade, e é uma das principais causas de fraturas na população que se enquadra na terceira idade. Um fato é que a osteoporose tem maior propensão a ocorrer em mulheres do que em homens. Segundo estudos, após os 50 anos, 1 em cada 5 homens pode sofrer uma fratura devido a osteoporose, enquanto nas mulheres essa proporção é de 1 a cada 3.
O que é a osteoporose?
O termo osteoporose vem da junção de dois termos médicos: “osteo”, que significa “osso”, e “porose”, que equivale à porosidade, assim como em uma esponja. Essa condição médica faz com que os ossos percam a densidade, se tornando porosos e com menor integridade estrutural, o que faz com que eles tenham maior facilidade de se quebrar.
Os principais sintomas da osteoporose são: dores crônicas, diminuição da estatura, deformação óssea de membros e dedos, mudança de postura, retração da gengiva, dores lombares e no quadril.
Algumas das principais causas da osteoporose é o sedentarismo, má alimentação com baixa ingestão de cálcio (mineral responsável pela manutenção da saúde óssea), tabagismo, diabetes e distúrbios hormonais.
Essa condição, em mulheres, pode acontecer por alguns motivos extras ligados à menopausa.
A relação com os hormônios
Um dos principais fatores que influenciam no surgimento da osteoporose em mulheres está ligado à produção de um hormônio chamado estrogênio. Esse hormônio é responsável pelo amadurecimento sexual da mulher, desenvolvendo o sistema reprodutor feminino, crescimento das mamas, regulação do ciclo menstrual, manutenção do endométrio para receber um óvulo fertilizado, além de participar na saúde cardiovascular e desempenhar um papel importante na absorção de cálcio dos alimentos e distribuição para os ossos.
Durante a menopausa, os níveis de produção de estrogênio caem drasticamente, e isso faz com que o cálcio obtido na alimentação não seja absorvido de forma eficiente, acelerando a perda óssea, pois o corpo necessita de cálcio e começa a absorver o cálcio presente nos ossos para a manutenção dos demais sistemas corporais que necessitam desse mineral. Estudos mostram que as mulheres podem perder até 20% da densidade óssea nos primeiros 5 a 7 anos após a menopausa.
Um segundo fator que implica na maior taxa de osteoporose em mulheres está na compleição óssea do corpo feminino, pelo fato de possuir ossos naturalmente menos densos que os do corpo masculino. Além disso, dietas restritivas têm a tendência de cortar da alimentação o leite e os queijos que são ricos em cálcio.
Como prevenir?
Felizmente a medicina moderna está muito avançada, a ponto de poder prever e detectar através de exames simples a tendência e evolução da osteoporose antes de causar qualquer tipo de dano ao paciente. O exame de densitometria óssea é simples e completamente indolor, e pode dizer com precisão a condição óssea do paciente.
Além disso, é preciso se alimentar com fontes ricas em cálcio e vitamina D, como: peixes, leite e derivados, chia, linhaça, soja, ovos, brócolis, cogumelos, entre outros indicados por um nutricionista.
Outra maneira de se prevenir é através da suplementação, com doses em comprimidos de cálcio e vitamina D3, sempre após a consulta com um médico e nutricionista, para a regulação das doses diárias necessárias.