Com a chegada do fim do ano, muitas pessoas se veem pressionadas a entrar em forma rapidamente, seja para as festas de Natal ou para encarar a praia no Réveillon. É nesse cenário que as famosas “dietas malucas” ganham força, prometendo resultados rápidos, mas trazendo sérios riscos à saúde. Conversamos com a professora de Nutrição da Estácio, Alessandra Cupertino, para entender os perigos dessas práticas e como adotar uma abordagem mais saudável e sustentável para cuidar do corpo.
Segundo Alessandra, as dietas relâmpago, que eliminam grupos alimentares inteiros ou prometem milagres, não têm qualquer fundamentação científica. “Muitas dessas dietas se baseiam em cortar carboidratos, por exemplo, que são nossa fonte de energia imediata. Mas o que as pessoas não entendem é que não é só tirar carboidratos que você vai perder peso. O organismo precisa de um equilíbrio entre nutrientes essenciais para funcionar bem”, explica.
Além de serem ineficazes a longo prazo, essas dietas podem causar fome excessiva, mau humor, fadiga, e até mesmo danos mais sérios. “O emagrecimento sustentável precisa ser planejado. Ele não está relacionado apenas a cortar alimentos, mas a entender a demanda individual, o diagnóstico nutricional e estabelecer um plano alimentar adequado, feito por um profissional”, alerta a especialista.
Sinais de alerta: quando a dieta faz mal
É comum que as pessoas ignorem os sinais de que estão forçando o corpo além do limite. Alessandra destaca alguns sintomas que indicam que a alimentação não está sendo saudável:
- Fome constante;
- Mau humor frequente;
- Sensação de frustração por não conseguir comer alimentos que gosta;
- Perda de energia e desânimo.
“Esses sinais mostram que algo está errado. A pessoa precisa entender que um profissional habilitado, como o nutricionista, é quem pode ajudar a criar uma estratégia personalizada e eficaz para atingir os objetivos, sem comprometer a saúde”, enfatiza.
Mais do que auxiliar na perda de peso, o nutricionista desempenha um papel fundamental na educação alimentar e na prevenção de doenças. Alessandra ressalta que as dietas da moda costumam falhar porque ignoram as necessidades únicas de cada indivíduo. “Reeducação alimentar vai muito além do emagrecimento. Ela é uma ferramenta poderosa para prevenir doenças como diabetes e hipertensão, que estão aparecendo cada vez mais cedo. Alimentação inadequada está diretamente ligada ao aumento dessas comorbidades”, afirma.
Para Alessandra, a solução está na conscientização. “Alimentação está diretamente ligada à saúde e à qualidade de vida. Por isso, o foco deve ser em mudanças de hábitos consistentes e sustentáveis, e não em soluções rápidas que comprometem o bem-estar”.
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