Entenda como o espumante se tornou o símbolo universal de prosperidade e boas-vindas ao novo ano
Na virada de ano, é comum erguer uma taça com espumante e brindar a chegada de mais um ano. A tradição já é um clássico não apenas no Brasil, mas em várias partes do mundo, e evoluiu a ponto de envolver marcas renomadas e sofisticadas, como a Chandon, por exemplo.
Se você tem curiosidade em saber mais sobre esse ritual, vai se surpreender ao descobrir que ele não é tão contemporâneo quanto parece. Confira.
Origem do brinde com champanhe
O brinde é uma tradição que atravessou culturas e até hoje permanece forte em diferentes momentos, mas principalmente na chegada do ano novo. Não há indícios seguros de quando a ideia surgiu, mas acredita-se que pode ter começado na Grécia e em Roma.
Naquela sociedade, o brinde não tinha um motivo muito bonito. Ao contrário, eram comuns as tentativas de envenenamento por meio das bebidas e, para provar que o drinque era seguro, o anfitrião servia um pequeno gole da taça de seu convidado na sua. Depois, ambos brindavam.
Outra teoria tem um lado mais positivo e afirma que os gregos e fenícios erguiam suas taças e faziam um brinde/oferenda aos deuses. No entanto, o uso do champanhe é mais recente, data da França do século XVII, e a bebida se tornou bastante popular entre a realeza.
Naquela época, o champanhe era uma bebida associada a luxo e sofisticação, consumida pela realeza e pela aristocracia em eventos importantes e celebrações. Com o tempo, a bebida se popularizou como ideal para marcar momentos especiais, como casamentos, vitórias militares e, claro, a chegada de um novo ano.
Como a prática se espalhou pelo mundo
A França foi a principal responsável por disseminar a cultura de brindes com champanhe. Primeiro, por deixar claro que era um símbolo de refinamento e celebração de conquistas. Segundo, porque após a Revolução Industrial a bebida passou a ser produzida e distribuída em larga escala.
No século XIX, grandes casas produtoras de champanhe, como Moët & Chandon, Veuve Clicquot e outras, desempenharam um papel crucial no marketing e na exportação da bebida. Elas ajudaram a cultivar sua imagem glamorosa e prestigiosa em outros países, associando o champanhe a ocasiões especiais.
Com o tempo, a bebida deixou de ser parte apenas da nobreza, passando a ser consumida nas outras classes sociais. Não há uma data específica e precisa de quando o espumante passou a ser parte da celebração do novo ano; porém, por ser símbolo de boas coisas a caminho, tornou-se a melhor escolha para a data.
As variedades de espumante consumidas no Ano-Novo
O gosto pessoal tem muito peso na escolha do espumante para o Ano-Novo. Apesar disso, algumas variedades fazem bastante sucesso e estão sempre entre as primeiras escolhas.
- Champanhe: sendo Brut ou Demi Sec, a opção de origem francesa é a mais procurada para a hora da virada, atendendo a diferentes paladares.
- Cava: de origem espanhola, oferece uma alternativa de alta qualidade ao champanhe, com sabores que podem variar de secos a frutados e frescos.
- Sekt: o espumante alemão que varia bastante em qualidade e doçura. É mais consumido na Alemanha, mas também é exportado para outros países.
- Espumante brasileiro: o Brasil também produz a bebida, principalmente na Serra Gaúcha, e suas variedades podem ser secas ou doces, mas sempre com muito frescor.
- Moscato d’Asti: para quem prefere uma variedade com menor teor alcoólico, esse espumante, produzido na Itália, torna-se uma ótima opção para quem busca um toque mais leve, doce e refrescante para brindar.
- Prosecco: produzido na Itália, é parecido com o champanhe francês, tanto que possui as famosas bolhinhas; no entanto, tem sabor frutado e preço mais popular.