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Reserva de emergência: saiba como se organizar antes de começar

Reserva de emergência: saiba como se organizar antes de começar
Foto de Ivo Brasil no Pexels

Montar uma reserva de emergência é um dos primeiros passos na vida de quem quer ter mais saúde financeira. Como o próprio nome sugere, essa reserva é o dinheiro que fica guardado para eventualidades, de um eletrodoméstico que dá defeito até uma demissão.

O fim de ano pode ser uma boa oportunidade para começar a montar essa reserva porque é uma época marcada pelo pagamento do 13° salário e eventuais bonificações por cumprimento de metas.

O primeiro passo (e mais intuitivo) é poupar o dinheiro, mas só isso não basta. É importante começar saneando possíveis dívidas e outras gorduras que possam comprometer o orçamento.

Para o dinheiro que sobra, vale começar uma reserva colocando os valores economizados na poupança, caso a pessoa não tenha nenhum conhecimento sobre investimentos. Vale a pena “desde que comece a estudar para investir”, diz Marilia Fontes, especialista em renda fixa e sócia-fundadora da Nord Investimentos.

Há opções tão seguras quanto a poupança, mas que rendem muito mais. Para escolher onde investir esse dinheiro, só é preciso ter atenção a detalhes como liquidez, segurança e marcação a mercado.

Marilia falou ao podcast Educação Financeira, que fala sobre como organizar as contas ainda neste ano para começar 2025 com o pé direito.

O que é e como montar uma reserva de emergência

Marilia descreve a reserva de emergências como “uma das coisas mais importantes dentro de uma carteira de investimentos”, capaz de salvar uma pessoa de “várias furadas”.

O próprio nome já diz: é uma reserva de dinheiro que deve ficar guardada para o momento em que algo extraordinário acontecer. O dinheiro que fica nessa reserva serve como um colchão para ser gasto no caso de uma emergência como negociar dívida, sem que a pessoa precise se endividar para pagar as contas.

“Quando as pessoas, para alguma emergência, acessam cartão de crédito ou crédito rotativo etc, você já vai para uma taxa de juros muito mais alta”, destaca Marilia.

Segundo a especialista, a reserva de emergência precisa ser um dinheiro “sem risco” e “rapidamente acessível”, que corresponda, se possível, a um período de seis meses a um ano dos gastos mensais de uma pessoa.

Se o custo de vida mensal de alguém — contando todas as contas básicas, alimentação, mensalidades e outras coisas importantes e necessárias — for de R$ 2 mil por mês, por exemplo, então a reserva de emergência deve ser de, idealmente, R$ 12 mil a R$ 24 mil.

Para isso, a forma de montar uma reserva é simples e sem segredos: é preciso pegar um pouco de dinheiro, sempre que possível, e colocar em uma aplicação segura, como um investimento em renda fixa. E isso pode ser feito com pouco e gradativamente, dentro das possibilidades de cada um.

Em uma emergência, mesmo que o valor da reserva não seja suficiente para arcar com seis meses do custo de vida, ter uma quantia guardada já ajuda a passar pelo momento, e pode evitar a necessidade de contrair uma dívida.