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O mercado de e-books deve crescer em 30% até 2026

Com um formato mais prático e acessível, os e-books vêm conquistando cada vez mais espaço no mercado e devem manter essa tendência nos próximos anos

O mercado de e-books deve crescer em 30% até 2026
Foto: Reprodução/Freepik

 

Atualmente, é cada vez mais fácil ler sem a necessidade de adquirir um livro físico. Os e-books oferecem praticidade aos usuários e diversas vantagens, como uma leitura mais flexível e o menor custo para os adeptos desse formato.

Globalmente, o comércio de e-books deve crescer cerca de 30% até 2026. Um levantamento da BusinessWire prevê uma receita de US$ 26 bilhões para o setor, mostrando seu impacto na economia.

Com uma tecnologia cada vez mais sofisticada na criação de livros digitais, essa tendência tem diversos fatores que explicam seu aumento. Isso inclui também os próprios escritores, que encontram um meio mais acessível de divulgar suas histórias por meio da internet.

O que é um e-book e as plataformas que os desenvolvem

Um e-book é a versão digital de um livro, que pode ser uma adaptação de uma obra física ou desenvolvido somente para o ambiente online. Nos últimos anos, esse formato vem conquistando espaço, principalmente entre os leitores mais jovens.

A leitura em dispositivos oferece maior flexibilidade e pode ser feita em dispositivos como tablets, smartphones e computadores. Um exemplo popular é o Kindle, aparelho projetado para essa função e que também conta com recursos adicionais.

Atualmente, diversas plataformas online facilitam o processo de criar um e-book. Com o avanço da tecnologia, a inteligência artificial também se tornou uma importante aliada no setor, permitindo a produção automatizada de obras inteiras.

O mercado de livros no Brasil

Uma pesquisa global de entretenimento da PwC Brasil revela que o consumo de livros no Brasil tem potencial para superar o de qualquer outra região do mundo. Atualmente, os brasileiros já consolidam o país como o maior mercado do setor na América Latina.

Desde Machado de Assis até Chico Buarque, o Brasil sempre foi referência em autores de diversas áreas de atuação. Isso reflete em uma população que consome muitos livros como forma de alimentar a curiosidade e expandir o conhecimento.

A conveniência dos e-books tornou essa prática ainda mais comum. Mesmo obras tradicionais, com séculos de existência, podem ser acessadas em formato digital, que oferece um vasto catálogo para todas as idades de maneira mais acessível.

Os efeitos da pandemia

Com as restrições de isolamento social impostas pela pandemia, o consumo de e-books aumentou bastante. Com o fechamento de muitas livrarias e os problemas financeiros enfrentados, as versões digitais surgiram como uma alternativa para manter o mercado ativo.

Quando as livrarias voltaram a operar normalmente, houve um novo crescimento nas vendas de livros físicos. Ainda assim, os e-books continuaram em alta, pois grande parte do público percebeu as vantagens desse formato em comparação ao modelo tradicional.

Outro fator é a crise financeira que atinge o Brasil, incluindo a inflação e o aumento nos preços dos livros. Por existirem apenas no ambiente online, os e-books são mais acessíveis para pessoas com menor poder de compra.

Como este mercado está em ascensão e as expectativas para os próximos anos

Os avanços digitais tornaram o hábito de leitura mais prático por meio de e-books. Além disso, o processo de publicação ficou mais acessível para os autores, incluindo o uso de inteligência artificial na diagramação e organização dos arquivos.

Esse mercado tem aumentado, enquanto as vendas de livros físicos vêm diminuindo nos últimos anos. Esse cenário está relacionado a fatores financeiros, mas também à forma como o formato digital torna a leitura mais conveniente em diversos aspectos.

Nos próximos anos, a tendência é de um aumento contínuo na demanda por e-books, junto com mais atualizações nas funcionalidades, tanto para os leitores quanto para os criadores desse tipo de conteúdo.

Fatores que impulsionam o crescimento

O mercado de e-books tem crescido por diversos motivos. Um dos principais é o aumento do acesso à internet, que se torna mais democrático a cada ano e facilita o consumo de livros digitais.

A popularidade de dispositivos móveis também aumenta essa demanda, desde tablets até aparelhos especializados, como o Kindle. Eles permitem que os leitores acessem suas obras de forma portátil e prática.

Mudanças nos hábitos de leitura, com a preferência por conveniência, também explicam a transição para o digital. Além disso, o surgimento de bibliotecas digitais e a possibilidade de acessar grandes acervos de qualquer lugar ampliam ainda mais o alcance.

O mundo está se tornando cada vez mais tecnológico, e é comum ver alguém lendo em um dispositivo eletrônico nas ruas. Seja no transporte público ou durante uma refeição, esse hábito torna a rotina mais leve, sem a necessidade de carregar o peso de livros na mochila ou bolsa.

Impacto na produção de livros tradicionais

O aumento nas vendas de e-books está diretamente relacionado à queda na demanda por livros físicos. Afinal, é improvável que uma pessoa sinta a necessidade de adquirir ambas as versões, já que uma acaba substituindo a outra no mercado.

Com os preços cada vez mais elevados nas livrarias, esse movimento de queda deve continuar. As inovações têm atraído os leitores para as versões digitais, e os dados apontam para a possibilidade de que esse formato domine o setor em um futuro próximo.

Além disso, os escritores encontram no modelo digital uma forma de publicação mais acessível, sem os custos elevados envolvidos no lançamento de um livro impresso. Caso o comércio tradicional não se adapte, a tendência é de que perca mais alcance.