Por Patricia Heredia Domingues
O mercado imobiliário de luxo demonstra alta demanda e continua a atrair um público seleto de investidores, compradores e inquilinos com alto poder aquisitivo. A dinâmica desse setor oferece oportunidades exclusivas, com potencial de valorização robusto, especialmente à medida que novas tendências moldam seu futuro.
Em 2023, o segmento imobiliário de alta renda registrou no Brasil, um crescimento de 32,9%, com 11,9 mil unidades vendidas e um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 35 bilhões. Em comparação, o mercado imobiliário geral apresentou um VGV de R$ 111,9 bilhões, com a venda de 195,8 mil unidades. Esse desempenho notável no setor de luxo reflete uma crescente demanda por ativos imobiliários que oferecem qualidade, sofisticação e resiliência econômica, especialmente em um cenário global de incertezas.
Inovações continuam a redefinir o padrão do que se espera de imóveis de alto nível. Automação residencial, controles inteligentes de iluminação, clima e segurança já são comuns, mas a verdadeira diferenciação vem da integração de novas tecnologias, como inteligência artificial e realidade aumentada, que oferecem personalização extrema e uma experiência de compra ou locação transformadora.
Uma tendência em ascensão são as branded residences, que associam marcas renomadas ao design e à gestão dos empreendimentos residenciais. Globalmente, essas propriedades estão em forte crescimento, com previsões de expansão anual de 12% até 2026. Segundo a Savills, esses empreendimentos podem gerar um ágio de até 50% em comparação com propriedades de luxo tradicionais, evidenciando o impacto das marcas na valorização dos ativos. Cidades globais como Miami, onde 80% dos empreendimentos de luxo na Flórida estão concentrados, lideram essa demanda, atraindo um público internacional ávido por propriedades high-end.
O modelo multifamily de alta renda tem se destacado como uma solução ideal para um perfil de consumidor moderno, que busca sofisticação, qualidade e flexibilidade, sem o compromisso da propriedade. Esses locatários valorizam o “ser” ao invés do “ter”, optando por uma vida mais dinâmica e consciente, onde seu capital pode render mais em investimentos diversificados do que em imóveis próprios. Este público está interessado em conveniência e mobilidade, preferindo residir em imóveis sofisticados que ofereçam infraestrutura completa, sem o ônus de manutenção, responsabilidade sobre o ativo e depreciação de patrimônio.
No Brasil, o mercado multifamily está ganhando tração, especialmente em grandes metrópoles como São Paulo, onde a demanda por aluguel de alta renda cresce. Os empreendimentos Prime da Vila 11, empresa brasileira referência em empreendimentos multifamily, são exemplos disso. Situados em regiões mais valorizadas da cidade, esse tipo de empreendimento oferece apartamentos com infraestrutura sofisticada, projetados para atender aos altos padrões de um público de alta renda que deseja viver em locais estratégicos com alto nível de serviço. Oferecendo não só um estilo de vida mais flexível e moderno, mas também refletindo na mudança significativa no comportamento do consumidor, que agora valoriza a liberdade de viver em locais estratégicos, sem as limitações da posse.
Para investidores e compradores, compreender o ritmo de transformação do mercado imobiliário de alta renda é crucial para a tomada de decisões estratégicas. As tendências globais apontam para um crescimento contínuo, e aqueles que souberem aproveitar essas oportunidades estarão na vanguarda de um setor que, mesmo diante de desafios macroeconômicos, continua a oferecer retornos sólidos e valiosos.
Patricia Heredia Domingues, Diretora de Engenharia da Vila 11, empresa brasileira referência em empreendimentos multifamily.