Quando o corpo de pesquisa da atual Rovensa Next concebeu o Vorax, em 2013, ainda não se sabia do verdadeiro potencial do mercado de produtos biológicos. Passados 11 anos, o primeiro, e mais reconhecido, biofertilizante registrado no Brasil é sucesso de vendas até mesmo na Europa, e em mais de 20 países, atingindo a marca de 20 milhões de hectares tratados.
A princípio, o produto criado 100% com tecnologia nacional tinha sido desenvolvido para servir de base de aminoácidos a fertilizantes, matéria-prima antes extraída de subprodutos da indústria alimentícia. Porém, os sucessivos aumentos de produtividade registrados, na casa de cinco, dez, 15, 20% ou mais, em diversas culturas, passaram a intrigar pesquisadores e produtores. Ainda assim, o caminho para ser reconhecido como fertilizante biológico não foi fácil.
Foram três anos para o desenvolvimento da formulação inicial, mais três para colocá-lo de forma definitiva no mercado (em 2013) e mais cinco para conseguir o registro de biofertilizante no Ministério da Agricultura e Pecuária, no final de 2018, após diversas pesquisas comprovarem cientificamente sua eficácia. Em 2019, depois do lançamento internacional, realizado em Barcelona, na Espanha, durante o Congresso Mundial de Biofertilizantes, Vorax ganhou o mundo com o nome de Biimore e Quikon, por conta da política de registro de marcas e patentes de alguns países.
“Foi uma batalha árdua, de vários anos, para montar um dossiê suficientemente robusto para conseguir o registro. Na época, nenhuma empresa tinha conseguido provar que seu produto entregava benefícios relacionados ao que se pode definir como biofertilizante”, lembra Rafael Leiria Nunes, diretor de Suprimentos e Operações da Rovensa Next Brasil. Foram diferentes concentrações e formulações, centenas de testes de campo, pesquisas e teses de mestrado e doutorado, inclusive, a mais recente delas foi destaque na capa do jornal Molecular Omics.
O artigo publicado no periódico científico mais prestigiado da Inglaterra investigou, no ano passado, a resposta dos mecanismos de tolerância ao estresse do feijoeiro após ser tratado com Vorax, por meio de análise metabolômica – área ainda pouco explorada por cientistas no mundo inteiro. Em resumo, a pesquisa concluiu que a concentração de metabólitos específicos aumentou no feijoeiro depois da aplicação do bioestimulante, correlacionando-os ao aumento da tolerância a condições adversas como ausência de luminosidade ou deficiência hídrica.
O metabólito é uma molécula de baixo peso molecular e pode ser dividido em dois grupos: primários e secundários. Os primários seriam aminoácidos, enzimas, vitaminas e ácidos orgânicos – os princípios ativos de Vorax – e os secundários estariam relacionados a manifestações anticancerígenas, antibióticas e antiparasitárias. O biofertilizante da Rovensa Next é obtido da fermentação de substratos vegetais orgânicos com uma cepa exclusiva de bactéria.
“A principal mudança no Vorax nos últimos cinco anos, pensando na expansão mundial do produto, foi trabalhar com substratos vegetais orgânicos, porque isso garantiria a inexistência de traços de resíduos de agroquímicos utilizados na cultura. Assim, não haveria riscos de imposição de barreiras na Europa ou em mercados muito exigentes, como o de frutas e café brasileiros, por envolver produtos de exportação”, explica Leiria.
Segundo o diretor da Rovensa Next Brasil, chama atenção o modo de ação diferenciado de Vorax, do ponto de vista fisiológico da planta, mesmo sob aplicação de doses pequenas. “Isso foi uma surpresa num determinado momento, além de ser um grande diferencial de sustentabilidade, pois poucos mililitros permitem tratar vários hectares”, relata o especialista. Até o momento, Vorax é recomendado para dez culturas e a dosagem média é de 30 ml/ha, podendo chegar a 100 ml/ha, a depender da espécie. Esta dosagem é dez a 40 vezes menor que a dos estimulantes tradicionais.
Sustentável até na embalagem – Para impactar o produtor a respeito dos diferenciais de Vorax, a empresa inovou na apresentação. Inicialmente, a embalagem era aquela comum a todos os agroquímicos, mas dourada, cuja cor, tom e brilho necessários foram um verdadeiro desafio. Depois evoluiu à atual, esteticamente mais bonita, mais resistente, com a presença de hologramas no rótulo, além de ser produzida 100% de material reciclado. Este trabalho começou em parceria com a Campo Limpo, programa brasileiro de logística reversa do Instituto Nacional de Processamento e Embalagens Vazias (INPEV).
Dados do órgão apontam que uma embalagem reciclada, como é o caso de Vorax, gera 70% menos emissões de equivalente-CO2 comparada ao processo de fabricação de uma nova. “Vorax tem um apelo sustentável para agricultura; está totalmente alinhado às metas de ESG da companhia e com o que a própria sociedade espera de insumos agrícolas mais avançados tecnologicamente, em termos de eficiência, resultado, respeito ao ambiente e proteção da saúde humana”, conclui Leiria.
> Para mais informações sobre o Vorax, acesse: www.rovensanext.com.