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Inteligência Artificial nos serviços públicos pode contribuir para o desenvolvimento das cidades

Tecnologia pode antecipar necessidades de um município em políticas relacionadas à saúde, educação e segurança pública, afirma especialista em entrevista ao RCD Cidades

A inteligência artificial pode auxiliar no combate da judicialização da saúde no Brasil?
Image by Gerd Altmann from Pixabay

 

A Inteligência Artificial pode diminuir o custo da máquina pública ao fazer tarefas que exigiam conhecimento humano, tornando os serviços mais eficientes. O tema foi tratado com exclusividade no RCD Cidades – o programa de entrevistas da Rede Cidade Digital (RCD) nesta quinta-feira (29), conduzido pelo diretor José Marinho.O fundador da DIGIWINGS e criador do primeiro assistente AI do Brasil SalesBuddy, Maurício Pretto, tirou as principais dúvidas relacionadas ao uso da IA nos serviços públicos e nas eleições.

O programa reuniu gestores de mais de 100 prefeituras interessados em conhecer como a IA pode ser aplicada nas administrações municipais.

Na opinião do especialista, o ponto de partida para uso de IA no setor público municipal é a realização de um mapeamento, com o auxílio de profissionais especializados, para identificação de setores que possam receber projetos pilotos com um menor risco e uma resposta rápida. “Um bot para atender o cidadão, um autosserviço. Eu diria que o melhor caminho é ter uma pessoa que olhe para a Prefeitura, enxergue os desafios e dê esse caminho analisando: facilidade de implementação, impacto positivo no munícipe e menor risco para não ter problema”, avalia Pretto.

Clique aqui e assista na íntegra.

Confira alguns trechos do RCD Cidades desta quinta:

JMO que é uma IA?

MP – “É uma tecnologia que realiza tarefas que mescla inteligência humana com programação. São algoritmos que predizem e preveem a tomada de decisão. À medida que usamos, ela fica mais inteligente.”

JMOnde entra o setor público na IA?

MP -“Temos a possibilidade de trabalhar com a IA na segurança pública, alocando as forças de segurança nos locais com mais necessidade. Podemos, por exemplo, utilizar dados históricos e treinar uma inteligência artificial para criar mapas e entender quais locais requerem maior atenção da Guarda Municipal, Polícia Militar ou Civil. Podemos usar para evitar evasão escolar, criando um perfil do tipo de aluno que tem a maior tendência a evadir e reduzir os indicadores sociais. A Inteligência Artificial pode antecipar as necessidades de uma cidade em políticas relacionadas à saúde, educação e segurança pública. As possibilidades são incontáveis.”

JM – Como está a questão ética da IA no setor público?

MP -“Temos alguns assuntos a serem debatidos: o viés do algoritmo, privacidade e segurança dos dados, transparência e inclusão. Esses são alguns dos dilemas no cenário brasileiro. Se hoje eu não tenho uma iniciativa com IA para melhorar a vida do meu munícipe, eu já estou atrasado. Todo gestor precisa ter um laboratório. Diversas prefeituras do sul do Brasil já estão experimentando, testando soluções prontas.”

JM – Como a IA pode ser utilizada nessas eleições?

MP – “A IA é uma realidade nas eleições municipais deste ano. O deepfake – que são as falsas imagens – é uma das principais preocupações. A IA possibilita, a partidos menores, ter acesso à recursos que não seriam possíveis com poucos recursos, como por exemplo, a escrita de textos, roteiros de vídeos e elaboração de jingles. Hoje, eu posso pedir ao ChatGPT que crie um jingle para a minha campanha. É preciso, no entanto, comunicar que esse material foi elaborado com Inteligência Artificial e verificar as orientações legais. Aqui, a inteligência artificial democratiza o acesso às ferramentas de comunicação. Temos que a regulamentar a IA”

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