Com o objetivo de aumentar o conhecimento e a compreensão do público sobre a doença e os desafios vivenciados pelos pacientes, seus familiares e cuidadores a respeito da Doença Falciforme, o médico hematologista do Hospital Edmundo Vasconcelos (HEV), Vitor Fernandes Paiva, esclarece que a enfermidade é uma condição genética que afeta a forma e a função dos glóbulos vermelhos do sangue.
“Ao invés de serem redondos e flexíveis, os glóbulos vermelhos doentes assumem uma forma de foice, que dá origem ao nome falciforme. Essa forma anômala dificulta a circulação do sangue, podendo obstruir os vasos sanguíneos e causar diversos problemas de saúde”, detalha o médico.
O hematologista aponta que os sintomas da doença falciforme variam de pessoa para pessoa, mas os mais comuns incluem dor intensa nos ossos e articulações, episódios frequentes de fadiga, palidez e icterícia (amarelamento da pele e dos olhos), além de uma maior propensão a infecções.
“O diagnóstico da doença falciforme é feito por meio de um exame de sangue chamado eletroforese de hemoglobina, que detecta a presença da hemoglobina S, característica dessa doença. Esse exame é atualmente realizado em recém-nascidos através do teste do pezinho, permitindo um diagnóstico precoce e início do tratamento desde cedo, mas pode ser realizado a qualquer momento ao longo da vida”, afirma o hematologista do HEV.
Existe cura?
O especialista esclarece que a doença falciforme não tem cura universalmente disponível. No entanto, segundo ele, o transplante de medula óssea e a terapia gênica podem ser a cura para alguns pacientes, embora sejam procedimentos complexos e restritos a um grupo específico.
“Para a maioria dos pacientes, o tratamento inclui medicamentos para controlar a dor, prevenir crises, transfusões de sangue regulares e o uso de hidroxiureia para reduzir a frequência das crises dolorosas”, detalha Vitor Fernandes Paiva.
Para o hematologista do HEV, a principal forma de prevenção é o aconselhamento genético para casais que têm história familiar da doença e estão planejando ter filhos. “Esses casais podem fazer testes sanguíneos para avaliar o risco de transmitirem a doença para os filhos. Além disso, o diagnóstico precoce e acompanhamento adequado são fundamentais para a gestão da doença e a melhoria da qualidade de vida dos pacientes”, orienta o especialista.
Sobre o Hospital Edmundo Vasconcelos
Localizado ao lado do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, o Hospital Edmundo Vasconcelos atua em mais de 50 especialidades e conta com cerca de 1.000 médicos. Realiza aproximadamente 12 mil procedimentos cirúrgicos, 13 mil internações, 230 mil consultas ambulatoriais, 145 mil atendimentos de Pronto-Socorro e 1,45 milhão de exames por ano. Dentre os selos e certificações obtidos pela instituição, destaca-se a Acreditação Hospitalar Nível 3 – Excelência em Gestão, concedida pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), a presença entre os principais hospitais da América Latina pelo ranking da Revista América Economia e o primeiro lugar no Prêmio Melhores Empresas para Trabalhar na categoria Saúde – Hospitais, conquistado por três anos consecutivos.
Site: www.hpev.com.br