Segmento de e-commerce tem projeção de alcançar R$ 750 bilhões em negócios no Brasil; país movimenta, hoje, R$ 250 bilhões
Com projeções indicando que o e-commerce brasileiro pode triplicar seus negócios nos próximos anos, passando de R$ 250 bilhões para R$ 750 bilhões, vendedores dos principais marketplaces do Brasil buscam ficar atualizados sobre as melhores estratégias para sufar nessa onda. O estudo Tendências do Varejo 2024, do Opinion Box, mostra que os empreendedores estão focados, principalmente, em questões de omnicanalidade, inteligência artificial generativa e vendas nas redes sociais, trazendo otimismo considerável ao setor.
Para Bruno Oliveira, o CEO do Ecommerce na Prática — maior escola de vendas online digital do país —, o segmento promete tanto que o Brasil já consegue mirar no exemplo de outros grandes mercados globais. “O e-commerce representa pouco mais de 10% do varejo nacional. Contudo, a expectativa é que o país chegue no patamar de outras nações, como Estados Unidos e China, que realizam até 30% do total de suas vendas online”, destaca.
No Brasil, o Mercado Livre tem o maior market share entre os e-commerces, segundo o relatório Setores do E-commerce, da Conversion; mas, nesse cenário tão competitivo e motivador, os lojistas acabam caindo em armadilhas comuns na hora de alavancar vendas, e algumas falhas podem impactar seriamente o futuro de seus negócios.
Para ajudar vendedores a maximizarem seu potencial e evitar tais armadilhas, o CEO do Ecommerce na Prática, Bruno de Oliveira, destaca os erros mais frequentes e como evitá-los. Confira:
Vender o que se quer em vez de produtos com alta procura
Um dos erros mais comuns é comprar produtos para serem revendidos baseados em preferências pessoais em vez de observar a demanda de mercado. “É importante utilizar ferramentas como Google Trends e Mercado Livre Tendências. Elas ajudam a identificar produtos populares, aumentando as chances de sucesso”, explica.
Dentro do Mercado Livre é possível fazer a busca sobre os produtos mais vendidos dentro de cada categoria de mercadoria. Assim, ficará mais fácil escolher qual produto vender de acordo com o seu segmento.
Insistir em anúncios ineficientes
Manter ativos os anúncios que não performam pode prejudicar a visibilidade da loja e ocupar espaço de outros, potencialmente mais interessantes. É essencial analisar regularmente o desempenho dos ads e deletar aqueles que não geram visitas ou conversões.
Não se profissionalizar na plataforma
Com o aumento do número de marketplaces, é natural que cada um adote estratégias e regras de funcionamento diferentes. Por isso, vale a pena estudar a plataforma escolhida, mesmo os mais conhecidos, como o Mercado Livre.
“O pequeno e médio empreendedor, se não tiver recursos para contratar especialistas, deve buscar conhecimento e aprender a realizar tarefas de acordo com as regras do marketplace, em diferentes áreas do seu negócio. Temos cursos online exclusivos que ensinam como iniciar uma loja virtual, começar a vender ou turbinar as vendas”, recomenda a especialista.
Ignorar a concorrência
Um grande erro estratégico é ignorar a concorrência e não analisar as atividades de marcas semelhantes. Recomenda-se avaliar os perfis dos principais vendedores da categoria, observar os produtos mais vendidos e ajustar táticas de negócios com base nessas observações.
Não utilizar o Mercado Livre Product Ads
Subestimar o potencial da publicidade no Mercado Livre é um erro comum. Utilizando o Product Ads, os vendedores podem aumentar a visibilidade de produtos estrategicamente, ampliando suas vendas. Aqui, a estratégia é fazer anúncios para produtos que o vendedor tenha maior estoque e preço competitivo, lembrando também da sazonalidade de alguns produtos.
Comprar estoque de produtos sem critérios
Gerenciar o estoque de forma adequada é crucial. Utilizar sistemas como ERP ou planilhas para monitorar entradas e saídas de produtos ajuda a manter um estoque equilibrado, alinhado com a demanda do mercado. O Mercado Livre favorece vendedores com bons níveis de estoque, então o ideal é ter menos variedade e mais produtos iguais, porque o marketplace irá privilegiar estes vendedores com mais profundidade de estoque.
Criar anúncios do mesmo produto
Publicar múltiplos anúncios do mesmo produto, sem uma estratégia, pode não ser eficaz. Vendedores são encorajados a criar anúncios variados, com diferentes palavras-chave, imagens e descrições para otimizar as vendas.
“O e-commerce pode funcionar como uma fonte de renda extra, num primeiro momento, mas pode também crescer e se tornar a principal fonte de renda. Contudo, para isso, é preciso se profissionalizar antes de se aventurar por conta própria para evitar prejuízos”, finaliza Tonhela.
Ecommerce na Prática
O Ecommerce na Prática é a maior escola de empreendedorismo digital do país, com mais de 34 cursos e 400 aulas pensadas para criar, consolidar um e-commerce e aumentar as vendas na internet. Por meio da educação de qualidade, o EnP reduz as barreiras do empreendedorismo por toda América Latina, com conteúdos feitos por quem conhece o e-commerce no dia a dia.