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É normal a criança ter amigos imaginários?

Neste dia do amigo, hospital pediátrico esclarece as principais dúvidas sobre a prática e reforça quando os pais devem ficar em alerta

Foto: Banco de imagem

Ter amigos imaginários é uma experiência frequentemente associada à infância. Muitas crianças criam personagens fictícios com quem conversam, brincam e compartilham suas vivências. Esse ato faz parte do processo de desenvolvimento, quando os pequenos estão explorando a imaginação e tentando compreender o mundo ao seu redor.

Por isso neste Dia do Amigo, lembrado em 20 de julho, o Pequeno Príncipe, maior e mais completo hospital pediátrico do país, esclarece as principais dúvidas sobre a prática e reforça quando os pais devem ficar em alerta.

Como lidar com os amigos imaginários?

Segundo a psicóloga Rita Lous, os amigos imaginários são uma forma criativa e saudável de encarar as descobertas durante a fase de crescimento. “Isso estimula a capacidade de criar narrativas, resolver problemas de forma inovadora e explorar diferentes possibilidades”, afirma a profissional, que também é gerente do Setor de Voluntariado do Hospital Pequeno Príncipe.

É importante que os pais e cuidadores lidem com essa situação de maneira natural e compreendam a presença desses amigos com empatia e sensibilidade. Conversar abertamente sobre o assunto fortalece o vínculo entre a família e promove um ambiente de acolhimento. Entretanto, é preciso encontrar um equilíbrio entre a valorização da imaginação para não incentivar excessivamente a interação apenas com o mundo de fantasia.

Com que idade surgem os amigos imaginários?

Costumam surgir a partir dos 3 anos, quando os pequenos começam a ter algum domínio da linguagem oral. A criação desses personagens pode ser uma resposta a uma série de fatores, como a necessidade de companhia, expressão dos sentimentos ou exploração da criatividade.

Além disso, os amigos imaginários podem auxiliar as crianças a lidar com desafios. “Por meio dessa relação, a capacidade de criar e interagir com figuras imaginárias é capaz de prepará-las para enfrentar situações sociais complexas”, diz a psicóloga.

Conforme o crescimento e amadurecimento da criança, é comum que os amigos imaginários desapareçam. Afinal, os pequenos encontram outras formas de expressar sua imaginação e expandem sua conexão com o mundo ao redor.

Sinais de alerta

Mas atenção! É necessário que os pais e cuidadores fiquem alerta às mudanças bruscas do comportamento infantil, como:

  • afastamento e isolamento social;
  • falta de interesse em outras formas de diversão;
  • dificuldades de relacionamento ou comunicação.

Por isso, os responsáveis devem conversar com as crianças sobre os amigos imaginários. As respostas irão auxiliar na compreensão e validação dos alertas. “Nessas situações, psicólogos e outros profissionais de saúde podem ajudar os pequenos, com o apoio dos pais, a explorar o significado dos companheiros invisíveis e desenvolver estratégias para lidar com questões subjacentes”, finaliza Rita.

 

Sobre o Pequeno Príncipe

Com sede em Curitiba (PR), o Pequeno Príncipe, maior e mais completo hospital exclusivamente pediátrico do país, é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, que oferece assistência hospitalar há mais de 100 anos para crianças e adolescentes de todo o país. Disponibiliza consultas e é referência nacional em tratamentos de média e alta complexidade, como transplantes de rim, fígado, coração, ossos e medula óssea. Com 369 leitos, incluído 76 em UTIs (Geral, Cirúrgica, Neonatal e de Cardiologia), atende em 47 especialidades e áreas da pediatria que contemplam diagnóstico e tratamento, com equipes multiprofissionais. Promove 60% dos atendimentos via Sistema Único de Saúde (SUS) e, em 2023, realizou mais de 227 mil atendimentos ambulatoriais, 20 mil cirurgias e 307 transplantes. Também no ano passado, pela terceira vez consecutiva, a instituição figurou como o melhor hospital exclusivamente pediátrico da América Latina, em um ranking anual elaborado pela revista norte-americana Newsweek.