Os vinhos rosés são verdadeiros “coringas” para os apreciadores, podendo apresentar uma série de especialidades e sabores
Criada pela viticultora Valérie Rousselle, presidente fundadora da “Éléonores de Provence”, essa data foi estabelecida pela Organisation International du Rosé em 2018 para promover o vinho rosé, que tem ganhado popularidade rapidamente.
O berço do vinho rosé é a pitoresca região da Provence, no sul da França, que há cerca de 2600 anos se destaca pela produção dessa encantadora bebida. Embora seja produzido em diversas partes do mundo, os principais produtores de vinho rosé são a França, seguida pela Espanha, Estados Unidos e Itália, nesta ordem. Curiosamente, a Rússia ocupa a 13ª posição, contribuindo com cerca de 20% do volume anual de rosé produzido na França.
Produção do Rosé
“Um dos métodos ancestrais mais conhecidos é a sangria ou maceração breve. Neste processo, parte do suco (mosto) das uvas tintas é retirado pouco antes do início da fermentação”, explica Jonas Martins, sommelier da MMV Importadora. Esse método resulta em vinhos rosés com uma leve coloração obtida das cascas das uvas, apenas o suficiente para alcançar a tonalidade rosé desejada. Esse procedimento é semelhante à produção de vinhos brancos, onde o suco levemente rosado é fermentado sem as cascas. Outro método, embora menos comum e às vezes proibido, é a mistura de vinho branco com tinto, prática ainda encontrada na produção de rosés na região de Champagne.
Vinho não tem sexo
Um dos mitos mais comuns e equivocados sobre o vinho rosé é associá-lo indevidamente como um “vinho feminino”, baseando-se apenas em sua coloração ou leveza. Essa visão não apenas é antiquada, mas também diminui a riqueza e complexidade dessa bebida. A cor não determina o público de qualquer produto, e o vinho rosé não é exceção.
“A ideia simplista de que apenas mulheres apreciam rosés devido à sua cor e sabor mais leves é uma perspectiva limitadora e desrespeitosa”, reforça Martins.
Rosé é um vinho simples e sem graça
Outro mito que deve ser desmistificado é a percepção de que o rosé é um vinho simplório. Na verdade, esse vinho é uma expressão rica e diversificada das uvas tintas, proporcionando sabores e aromas frescos e florais que muitas vezes são menos evidentes nos vinhos tintos devido ao processo de fermentação mais longo. Ao experimentar um rosé feito com uvas como Cabernet Sauvignon, por exemplo, é possível descobrir uma faceta nova e surpreendente dessa variedade. Enquanto no vinho tinto ela é conhecida por seu caráter encorpado e pesado, no rosé ela revela sua delicadeza e frescor, oferecendo uma experiência gustativa totalmente distinta.
Rosé não combina bem com comida
“Essa é uma das maiores inverdades sobre o vinho rosé”, diz Jonas Martins. Na realidade, o rosé é um dos grandes coringas da harmonização gastronômica. Sua versatilidade permite que ele se encaixe perfeitamente com uma vasta gama de pratos, desde saladas frescas até um churrasco robusto. A acidez presente no rosé proporciona um equilíbrio que pode complementar tanto pratos leves quanto mais encorpados. A adaptabilidade do vinho rosé às diferentes comidas é um dos seus maiores trunfos.
Rosé é um vinho sazonal, só para o verão
Embora seja popular em climas mais quentes e associado a festas de verão, o vinho rosé não deve ser restrito a uma estação do ano. Sua versatilidade vai além do clima e pode ser apreciado em qualquer ocasião. Durante o outono ou inverno, um rosé mais encorpado pode trazer notas complexas que complementam refeições mais robustas. Portanto, limitar o consumo de rosé aos meses mais quentes é subestimar suas amplas possibilidades.
Exemplo de bons vinhos Rosés
A MMV apresenta um portfólio de vinhos rosé para explorar a diversidade dentro deste produto tão apreciado. O Felitche Rosé, anteriormente feito com Cabernet Sauvignon em colaboração com vinícolas chilenas, agora é produzido com a uva Syrah. Essa mudança trouxe ao vinho uma maior delicadeza, com nuances florais e notas de frutas cítricas vermelhas, como a romã. A intenção é oferecer uma experiência renovada mantendo a qualidade já reconhecida. Este rosé é refrescante e versátil, ideal para diversos momentos do dia a dia.
O Omm Marselan Rosé é um vinho uruguaio que se destaca pela uva Marselan, uma variedade menos comum, porém altamente apreciada. Este rótulo tem sido um verdadeiro sucesso de vendas, não apenas entre os rosés, mas como um dos mais vendidos em geral. O grande diferencial do Omm Marselan Rosé é seu excelente custo-benefício, com preços variando entre R$50 e R$60. Aromático e bem equilibrado, é uma escolha segura para quem busca qualidade sem precisar fazer um alto investimento.
Outro rótulo notável é o Pagos de Araiz Rosé, originário da Espanha e elaborado com a uva Garnacha. Este vinho foi adicionado ao portfólio no início de 2024 e rapidamente ganhou destaque pela sua leveza e elegância. Inspirado nos renomados rosés da Provence, é notavelmente floral, com frescor e notas de frutas vermelhas em evidência. Sua leveza e equilíbrio o tornam uma escolha ideal para quem busca sofisticação a um preço acessível. Devido ao seu sucesso, estamos trazendo uma nova importação para atender à crescente demanda.
Pagos de Araiz Rosé
Por fim, o Inserrata Inebriante Rosé, elaborado com a uva Sangiovese, é sem dúvida o rótulo mais requintado e também o mais caro do nosso portfólio. A Sangiovese é conhecida por sua acidez marcante, que se traduz em um frescor vibrante neste vinho rosé. Poderoso e encorpado, o Inserrata Rosé surpreende pela sua estrutura robusta, ideal para acompanhar uma ampla variedade de pratos. Além disso, é um rosé de guarda, podendo ser armazenado e envelhecer tão bem quanto um bom vinho tinto. Em degustações, encontramos exemplares de até dez anos que mantiveram uma qualidade excepcional.
“Que o Dia Mundial do Vinho Rosé possa ser uma ótima oportunidade para que aqueles que ainda têm alguma restrição quanto a esse produto possam se aventurar e descobrir o fascinante mundo dos vinhos rosés”, finaliza Martins.
Sobre a MMV: www.mmvinhos.com.br/