Problemas em outros componentes influenciam o funcionamento dos amortecedores. Especialista da Monroe apresenta os principais motivos e dicas para evitar a ocorrência do problema
Um dos indicativos de problemas no sistema de suspensão é a ocorrência de rangidos e estalos, ouvidos durante a condução do veículo. No caso dos amortecedores, isso ocorre principalmente ao final da vida útil do produto. Portanto, quando um carro retorna à oficina após a substituição dos kits de amortecimento, apresentando ruídos nos componentes da suspensão, a suspeita é de que haja algum defeito nas peças recém-instaladas. Mas isso nem sempre é a causa. Juliano Caretta, supervisor técnico da DRiV Tenneco, uma das líderes globais no segmento automotivo e detentora da marca Monroe, destaca alguns dos fatores que podem provocar essa situação e como evitá-los.
Diagnóstico do Problema
Ruídos metálicos podem indicar a existência de componentes soltos ou desgastados. Ao verificar a instalação, primeiramente realize uma inspeção minuciosa no conjunto da suspensão, procurando por sinais de avarias e degradação. Todas as peças que compõem o sistema funcionam em conjunto. Por isso, qualquer problema em um dispositivo afetará a performance dos demais. Ao substituir os amortecedores é sempre recomendável realizar a troca dos componentes de fixação e demais itens que demonstrem sinais de desgaste. “Um coxim solto ou gasto pode permitir o movimento entre o parafuso e as peças de fixação, fazendo com que o amortecedor se mova para cima e para baixo”, explica Caretta.
Fixação correta
Realizar apenas uma avaliação visual pode não ser suficiente para determinar a origem dos ruídos. Se certifique que a fixação do conjunto esteja firme. Um pivô ou uma bucha podem aparentemente parecerem apertados, mas permitem movimentos durante a condução, se não estiverem devidamente ajustados. Cada tipo de amortecedor possui diferentes sistemas de fixações, dependendo das características de cada veículo. Assim, é essencial que os apertos sejam feitos com ferramentas adequadas e uso de parafusos e porcas novos, garantindo que tudo esteja aparafusado com segurança. Verifique os pontos de fixação para ter certeza de que eles não se danificaram quando os amortecedores originais foram removidos.
Componentes avariados
Durante a instalação de um novo amortecedor, muitos componentes podem sofrer deformações ou serem danificados, caso seja aplicado torque excessivo ou se tiverem sido afrouxados e reapertados várias vezes. Se as porcas e parafusos não mantiverem mais o torque original ou se estiverem excessivamente desgastados, eles deverão ser substituídos. Se o ruído for percebido durante a condução em terrenos irregulares, o coxim de fixação superior deverá ser avaliado e substituído, se necessário. Caso o barulho apareça durante uma curva, o conjunto do rolamento superior poderá ser a causa do problema e deverá também ser trocado.
Troca do amortecedor
Se a causa dos ruídos são os amortecedores, o reparador poderá solicitar a troca do componente ao fabricante, dentro do período de garantia. O prazo previsto em lei é de 90 dias, a partir da data de emissão da nota fiscal. No entanto, a Monroe oferece 24 meses ou 50 mil km para veículos leves e seis meses ou 50 mil km para as linhas de utilitários e pesados. “É importante que, assim que for realizada a instalação, o reparador preencha corretamente o certificado de garantia que acompanha o produto e o entregue, juntamente com a nota fiscal de compra, ao cliente. Isso garantirá a possibilidade de sua substituição nos prazos estendidos, se comprovado vício de fabricação”, alerta Juliano Caretta.
Sobre a DRiV
A DRiV é a divisão de negócios do Grupo Tenneco, líder no fornecimento para o mercado global de reposição. A Tenneco é um dos principais desenvolvedores, fabricantes e fornecedores de produtos automotivos para linhas originais e clientes do mercado de reposição. Por meio de nossos grupos de negócios DRiV – Performance Solutions, Clean Air e Powertrain, a Tenneco está impulsionando avanços na mobilidade global, fornecendo soluções de tecnologia para veículos leves, caminhões, comerciais, fora de estrada, industriais, automobilismo e mercado de reposição.