A palavra francesa que nomeia esse espaço da casa, já traz na sua origem a ideia de cuidado e acolhimento. Projetos modernos para banheiros e lavabos também buscam imprimir muito estilo
A palavra toalete, do francês e toilette (diminutivo de toile, que quer dizer “tecido”), foi registrada pela primeira vez na língua portuguesa em 1881, conforme consta o Dicionário Caldas Aulete. Mas a etimologia do termo vem de muito antes, mais especificamente do Século 14, quando era usado para designar um pequeno pedaço de pano, onde assentavam instrumentos e produtos de beleza nas penteadeiras. Anos mais tarde, o termo veio a nomear o próprio ato de cuidar da aparência; no fim do século 19, passou a dar nome ao aposento onde tais cuidados eram feitos; e já em meados do século 20, agregou-se ao seu significado o sinônimo de lavabo e banheiro.
Pois é, a história desse pequeno ambiente da casa é longa, mas cheia de curiosidades e um certo charme. Nos dias atuais, o cômodo é sinônimo de intimidade, acolhimento, relaxamento e aconchego. E são esses valores que os projetos de decoração buscam imprimir nos modernos toaletes, como por exemplo no ambiente projetado pelo arquiteto William Hanna, no decorado do Parque Noronha, em Goiânia, empreendimento da Euro Incorporações. O arquiteto explica que a iluminação está entre os elementos que mais contribuem para proporcionar todas essas sensações de aconchego, relaxamento e acolhimento. “Nesse projeto do encomendado pela Euro, apostamos numa iluminação mais fria no local usado para uma maquiagem ou para fazer a barba; já na ducha, para permitir um banho mais relaxante, usamos uma iluminação mais indireta”, afirma o arquiteto.
Mas não é porque o toalete costuma ser um espaço mais reservado na casa, que ele vai deixar de ter seu charme e encanto. De acordo com Hanna, há ambientes desse tipo que merecem até receber uma obra de arte, como o lavabo projetado no decorado do Residencial Parque Noronha, que abriga quadros da artista plástica LeaDArt. “A ideia era criar um lavabo mais sofisticado e com mais estilo, mas que mantivesse seu ar de aconchego. Gostamos muito de estilizar o lavabo, pois é um ambiente de transição e apesar de ser usado por pouco tempo, pode ser transformado em um diferencial da casa”, esclarece o arquiteto.
Camuflagem
Com um lavabo na sala, tal como o projetado no decorado do Parque Noronha, William Hanna sugere uma parede com algum revestimento que camufle esse ambiente. “No decorado fizemos uma camuflagem com extensão de todo o painel da sala, então a entrada do lavabo fica camuflada, sob o painel amadeirado. No interior trabalhamos com uma paleta de cor natural e iluminação indireta”, detalha sobre o projeto.
A dica do arquiteto para os banheiros ou lavabos que já vêm equipados com as louças e metais do toalete, é a atenção para a proporção dos outros elementos do ambiente. Os armários, por exemplo, precisam ser de um tamanho proporcional à cuba da pia, mantendo assim o equilíbrio e a harmonia do espaço. Outra dica é usar os espelhos para criar a profundidade no ambiente, compondo a estética do local e deixar as louças e metais mais como coadjuvantes. “Com a pintura, espelho e iluminação conseguimos criar uma sensação impactante ao usuário que adentra ao local”, afirma.
Outra dica do arquiteto William Hanna, para quem dispor de um pouco mais de espaço para os banheiros ou toaletes, é investir em armários e deixar que eles sejam as estrelas, pois isso facilita a organização do dia a dia do usuário. No banheiro da suíte do casal do decorado do Residencial Parque Noronha, ele projetou um armário com 10 centímetros de profundidade acima das duas cubas claras, com uma pequena prateleira em tom amadeirado.