Cirurgião dentista explica sobre implante zigomático
Dentaduras que caem. Dentaduras que machucam. Dentaduras que aniquilam a qualidade de vida das pessoas. Mas o que fazer para suprir a falta de dentes? O que as pessoas têm ouvido de um modo geral? Que não tem mais jeito e que a solução é realizar enxertos ósseos e aguardar de seis a nove meses, e depois, se esses enxertos “pegarem”, se der tudo certo, daí vai fazer a cirurgia e colocar a prótese. Com um pouco de sorte, em um ano e meio, o profissional pode ter terminado o trabalho.
O cirurgião dentista, Walter Solter, traz uma explicação sobre o implante zigomático, implantes especiais, bem mais longos que os convencionais. Possuem este nome por serem fixados no osso da maçã do rosto, que é chamado de osso zigomático.
Esse tipo de implante, foi criado para simplificar e agilizar o tratamento: são alternativas para pacientes que não apresentam condições de fazer os implantes normais, normalmente porque perderam os dentes há muito tempo ou devido a perdas ósseas decorrentes de inflamações prolongadas, além do procedimento ser realizado em no máximo cinco dias.
“O que eu quero trazer para as pessoas é um alerta de que o paciente não precisa sofrer com enxertos ósseos. O osso maxilar, ele é dente dependente, ele existe porque existe dente. Na medida em que a pessoa não tem mais dente, naturalmente o osso reabsorve. Mas há outros ossos na face, então eu recomendo o implante zigomático”, explica o especialista.
O doutor Walter explica que no osso zigomático não existem dentes, e que a perda de dentes não impacta em nada com esse osso, considerado de qualidade tipo 1, o mesmo que temos no queixo, a melhor qualidade de osso da face.
“Quando realizamos o implante dentário utilizando esses ossos, colocamos implantes mais longos nessa região. Os implantes emergem da boca normalmente, ninguém sabe se é zigomático ou se não é zigomático”, explica o cirurgião.
Assim como todas as técnicas odontológicas, tanto cirúrgicas como protéticas, o implante zigomático dura entre XX e XX anos após sua colocação. As manutenções preventivas e visitas regulares ao dentista favorecem essa longevidade e são muito importantes.
“O que eu gosto de deixar claro é que você não precisa viver mal, você não precisa viver com a sua prótese caindo. Essa técnica é muito avançada e podemos garantir aos pacientes, que daqui a cinco dias, ele vai poder estar em uma churrascaria, em um restaurante. Ele não vai sofrer com enxerto e nem com demora no tratamento, com essa técnica de ancoragem óssea, que utiliza o seu osso nativo. Não vamos tratar com enxerto, aguardar os nove meses, um ano, nada disso, estamos falando de começar hoje e, repito, daqui quatro, cinco dias, o paciente vai estar sorrindo, comemorando”, finaliza Walter.