Bebês e crianças pequenas são particularmente vulneráveis devido ao seu peso corporal; além disso, seus sistemas de desintoxicação não estão completamente desenvolvidos
A introdução alimentar é um momento decisivo para a saúde das crianças e que gera muitas dúvidas e inseguranças nos pais. Muitos já conhecem os riscos do açúcar e buscam uma alimentação menos dependente do ingrediente, mas o açúcar não é o único vilão: alimentos comuns ao dia a dia dos adultos podem trazer riscos para os pequenos; por isso, é importante compreender exatamente o que está sendo consumido.
Um estudo recente, conduzido por cientistas do Brasil e da Espanha, trouxe à tona preocupações sobre os alimentos industrializados. A pesquisa investigou a presença de 21 agrotóxicos, incluindo pesticidas, inseticidas e herbicidas, juntamente com quatro toxinas produzidas por fungos do gênero Aspergillus (aflatoxinas) em 50 amostras de alimentos industrializados para bebês, vendidos em supermercados no Estado de São Paulo.
O resultado revelou resíduos de pesticidas em 68% das amostras analisadas. No recorte por composição e sabor, 47% das papinhas com frutas apresentaram pelo menos um resíduo de agrotóxico, contra 85% para as comidas de bebês à base de carne e vegetais.
Legislação e regulamentação
No Brasil, não há legislação específica que limite a concentração de resíduos de agrotóxicos em alimentos infantis e não há regras que tratem especificamente sobre para alimentos destinados a bebês e crianças. A legislação existente, como a Lei nº 11.265 de 2006 e a Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 727 de 2022, estabelece regras gerais para a comercialização e rotulagem de alimentos, mas não aborda de forma específica os alimentos infantis. Segundo Daniel Magnoni, nutrólogo e cardiologista, “na atualidade a leitura dos rótulos, e o conhecimento da idoneidade das empresa, pode ser o diferencial na prevenção de doenças adquiridas por contaminação doa alimentos”.
Alternativas saudáveis
Em 2022, a Anvisa publicou uma Instrução Normativa estabelecendo os limites máximos tolerados de contaminantes em alimentos. Os limites de algumas substâncias, como as micotoxinas, chegam a ser cinco vezes mais baixos para alimentos infantis quando comparados ao produto similar convencional.
Por exemplo, em um macarrão convencional, o limite máximo de desoxinivalenol (DON) é 1000mcg/kg, enquanto em alimento infantil ele é de 200mcg/kg. “Para isso temos que trabalhar com uma farinha de trigo especial, com limites muito abaixo do convencional, com padrão para baby food”, explica Leonardo Afonso, CEO da Papapá, empresa especializada em alimentos para bebês e fabricante de papinhas orgânicas.
Fundada pelo casal Paula e Leonardo, a Papapá foi inspirada pela dificuldade que eles enfrentaram ao encontrar alimentos prontos que combinassem praticidade com produtos saudáveis para seus próprios filhos pequenos. O resultado é uma marca de alimentos 100% naturais e práticos, com opções orgânicas para bebês.
“A segurança alimentar infantil é prioridade para nós. Tomamos as recomendações da Anvisa como ponto de partida para oferecer alimentos de qualidade às crianças e praticidade aos pais”, destaca Leonardo Afonso.
Riscos para a saúde
Mesmo quando os níveis de resíduos de agrotóxicos estão dentro dos limites estabelecidos, o ideal é que essas substâncias não sejam encontradas em alimentos infantis. Isso porque mesmo concentrações baixas podem trazer riscos à saúde: bebês e crianças pequenas são particularmente vulneráveis devido ao seu peso corporal – uma porção de alimento corresponde a uma porcentagem maior do peso corporal de uma criança pequena em comparação com um adulto. Além disso, seus sistemas de desintoxicação não estão completamente desenvolvidos.
Uma das formas de contaminação é por micotoxinas, substâncias tóxicas produzidas por fungos que são um perigo silencioso na alimentação infantil. Elas podem estar presentes em alimentos comuns, como cereais matinais, geralmente dentro dos níveis aceitos pela legislação. “Por isso, é fundamental que os pais estejam atentos aos rótulos e cientes dos riscos potenciais associados à alimentação de seus filhos”, destaca Magononi.
Sobre a Papapá
A Papapá é uma marca de alimentos 100% naturais, práticos e com opções orgânicas para bebês, criada para ser uma parceira dos pais em um dos momentos mais importantes da maternidade: a introdução alimentar. A empresa foi fundada pelo casal Paula e Leonardo, após vivenciarem a dificuldade de encontrar alimentos prontos que aliassem a praticidade com produtos saudáveis para ajudar na rotina diária com seus filhos pequenos. Presente em mais de 3mil pontos de venda pelo Brasil, a Papapá pretende em 2023 se consolidar como uma referência em um setor carente de boas novidades que atendam às necessidades das mamães e dos papais.