A doutora Thailys Esteves Aguilar, dentista bucomaxilofacial do Hospital Albert Sabin, explica tudo sobre o assunto.
Estresse e ansiedade podem ser a causa de dores nas articulações e músculos da mandíbula. A disfunção temporomandibular atinge cerca de 2 milhões de pessoas por ano, sendo as questões emocionais, responsáveis pela maior parte dos casos.
Estudos sobre o tema indicam que a prevalência de DTM é ainda mais frequente em mulheres, chegando a constituir cerca de 80% dos casos.
“Geralmente essa patologia acomete em torno de 92% da população mundial femina, tendo como fatores predisponentes o estresse, ansiedade e fatores hormonais.”, aponta a Dra Thailys Esteves Aguilar, dentista buxomaxilofacial do Hospital Albert Sabin (HAS).
O estresse é um dos motivos, mas existem também fatores genéticos para a disfunção.
“A disfunção temporomandibular possui sintomas característicos como enxaqueca, ruído ou zumbido na região auricular, dores miofasciais, estalos e crepitações ao abrir e fechar a boca e mudanças e desgastes anormais na arcada dentária”, explica a bucomaxilofacial.
A DTM é divida em três tipos, sendo:
- Muscular: quando a condição ocorre diretamente nos músculos mastigatórios;
- Articular: associado a sobrecarga articular, causando doenças degenerativas como osteoartrite, osteoartrose ou artrose;
- Mista: ocorre quando há tensão tanto nos músculos mastigatórios quanto na articulação.
O diagnóstico é realizado através de exames clínicos e de imagens, como tomografia computadorizada e/ou ressonância magnética. Já os tratamentos podem variar desde os mais conservadores, como o uso de placa interoclusal, fisioterapia, acupuntura, laserterapia e tratamentos medicamentosos como relaxantes musculares e ansiolíticos, até a utilização de toxina botulínica e procedimentos cirúrgicos.
“Nesse último, a intervenção é indicada apenas quando o paciente não apresenta melhora significativa utilizando os tratamentos tradicionais ou nos casos em que já se encontra com desgaste severo ou deslocamento articular e rigidez completa ou parcial”, diz a Dra. Aguilar.
No mais, como em qualquer doença, o diagnóstico precoce da DTM oferece maiores chances de tratamento e, para isso, a procura de um especialista, quando apresentados os primeiros sintomas, se faz essencial.