De acordo com estudos, os benefícios proporcionados pelo jejum intermitente vão além da perda de peso. A especialista Gisele Hedler comenta alguns deles
Nos últimos anos, o jejum intermitente tem ganhado destaque como uma espécie de dieta promissora, não só para emagrecer, mas também para melhorar a saúde e o bem-estar em geral. Essa prática, já adepta por famosos como Cameron Diaz, Deborah Secco e Sabrina Sato, envolve alternar períodos de alimentação com períodos de jejum, variando desde algumas horas até dias inteiros sem se alimentar.
Embora pareça radical e que ainda exista profissionais contra o método, já existem estudos que comprovam a sua eficiência. No mais recente deles, publicado na revista Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, pesquisadores da China e dos Estados Unidos constataram que indivíduos que adotaram esse tipo de regime alcançaram a remissão completa do diabetes tipo 2 por pelo menos um ano após interromper a medicação para a doença metabólica.
De acordo com a especialista em comportamento humano, Gisele Hedler, o jejum ajuda a desenvolver uma versão mais saudável do corpo por meio do equilíbrio da insulina no sangue, redução da gordura corporal, redução da chance de doenças cardíacas, redução de risco de câncer, entre outros benefícios.
Embora possa não ser adequado para todos, muitos indivíduos têm encontrado benefícios significativos ao incorporar o jejum intermitente em seu estilo de vida. Gisele, que possui alergias alimentares e falência dos rins, é uma adepta da prática, e diz que viu sua saúde melhorar consideravelmente após começar a prática o jejum. Ela explica alguns dos benefícios do jejum intermitente.
1) Perda de Peso e Controle de Peso: O jejum intermitente pode ajudar a reduzir a ingestão calórica total, o que frequentemente leva à perda de peso. “Durante o jejum, o corpo pode recorrer às reservas de gordura para obter energia, contribuindo para a redução de gordura corporal. Estudos sugerem que o jejum intermitente pode ser tão eficaz quanto as dietas tradicionais de restrição calórica na perda de peso”, comenta a especialista.
2) Melhora da Saúde Metabólica: “O jejum intermitente pode melhorar a sensibilidade à insulina e reduzir os níveis de glicose no sangue, o que é benéfico para prevenir ou gerenciar condições como diabetes tipo 2. Também pode ajudar a diminuir os níveis de triglicerídeos e colesterol LDL, melhorando a saúde cardiovascular.”, explica Helder.
3) Saúde do Cérebro: “Algumas pesquisas sugerem que o jejum intermitente pode ter efeitos neuro protetores e melhorar a função cerebral. Isso pode incluir a produção de substâncias químicas cerebrais que promovem o crescimento de neurônios e a proteção contra doenças neurodegenerativas”, comenta a especialista. Além disso, algumas pessoas sentem melhorias na clareza mental e no foco durante os períodos de jejum, possivelmente devido a mudanças nos níveis de hormônios e neurotransmissores.
4) Autofagia das células: O jejum intermitente pode estimular um processo chamado autofagia, que é a limpeza e reciclagem de células danificadas. “Depois de 24 horas de jejum, nosso corpo inicia o processo de autofagia. As nossas células começam a ficar sem energia e começam a ‘comer’ umas as outras. Pode parecer assustador, mas é muito saudável. Isso porque temos células jovens e saudáveis em nosso corpo, como também células velhas que não funcionam direito. Na falta de energia disponível e por seleção natural, as células saudáveis vão devorar as células velhas”, explica Gisele. Segundo ela, é um processo de rejuvenescimento do corpo que aumenta também a longevidade.
5) Simplicidade: Uma das vantagens do jejum intermitente é a sua simplicidade. Não envolve a contagem meticulosa de calorias ou a eliminação completa de grupos alimentares. “Muitos protocolos de jejum intermitente são flexíveis, permitindo que as pessoas escolham os horários e durações que melhor se adaptam ao seu estilo de vida. No entanto, lembre-se que o jejum intermitente pode não ser apropriado para todos, especialmente para pessoas com condições médicas pré-existentes, mulheres grávidas ou lactantes e pessoas com histórico de distúrbios alimentares. Antes de adotar qualquer forma de jejum intermitente, é aconselhável buscar orientação de um profissional de saúde qualificado”, finaliza.
Sobre Gisele Hedler:
Moradora de Porto Alegre (RS), Gisele Hedler é empresária e uma entusiasta em Nutrição Funcional. Especialista em saúde emocional, física e espiritual, Gisele está à frente da Faculdade de Saúde Avançada, que conta com mais de 30 mil alunos pelo mundo. A instituição se destaca por desenvolver e acompanhar profissionais de saúde com formações em Nutrição Funcional. Além disso, ela conta com um colágeno de desenvolvimento próprio com uma fórmula premium que oferece saúde em estética.
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