Organização Mundial da Saúde recentemente demonstrou grande preocupação com o avanço de doenças hepáticas
A hepatite, uma inflamação do fígado muitas vezes causada por vírus, representa um desafio de saúde global, afetando milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, assim como em muitos outros países, a hepatite também é uma preocupação significativa.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 325 milhões de pessoas em todo o mundo estejam vivendo com uma forma crônica de hepatite B ou C. No Brasil, as estatísticas não são menos alarmantes, com relatórios indicando uma prevalência notável da hepatite B e C.
O tratamento convencional contra as hepatites visa controlar a infecção viral e reduzir os danos ao fígado. Para as hepatites virais agudas, repouso, hidratação adequada e acompanhamento médico são geralmente recomendados, pois muitas vezes o corpo consegue combater a infecção por conta própria.
No entanto, em casos de hepatites crônicas, especialmente as causadas pelos vírus B e C, o tratamento pode incluir a administração de medicamentos antivirais específicos que visam suprimir a replicação viral, diminuindo assim o risco de danos ao fígado.
Atualmente, pesquisadores têm se dedicado a explorar opções terapêuticas inovadoras, e o CBD tem despertado interesse devido aos seus efeitos anti-inflamatórios e benefícios no tratamento de doenças hepáticas.
“Nos últimos anos, as possíveis utilizações medicinais dos compostos derivados da cannabis têm ganhado atenção significativa. Alguns estudos lançaram luz sobre como o CBD, um composto não psicoativo encontrado na cannabis, exerce seus efeitos anti-inflamatórios no fígado”, comenta a Dra. Mariana Maciel, médica e fundadora da Thronus Medical, biofarmacêutica canadense pioneira em nano THC e nano CBD.
As descobertas dos estudos mostram que o CBD pode desempenhar um papel crucial no tratamento de doenças relacionadas ao fígado, incluindo a doença hepática gordurosa e certos tipos de hepatite.
O estudo que comprovou potencial terapêutico do CBD
Durante um período de 8 semanas, ratos foram alimentados com uma dieta rica em gorduras e colesterol, imitando uma condição semelhante à doença hepática gordurosa.
“O estudo examinou os efeitos protetores do CBD tanto in vitro quanto in vivo. Os resultados apoiaram inequivocamente o potencial protetor do CBD, demonstrando sua habilidade terapêutica em doenças hepáticas, como a esteatose”, explica a médica.
“Além disso, uma triagem preliminar revelou a eficácia do CBD contra a hepatite C. O estudo demonstrou que o CBD pode inibir a replicação do vírus da hepatite C em impressionantes 86,4% a uma única concentração de 10 μM”, continua.
Curiosamente, o estudo destacou a atividade antiviral do CBD não apenas contra a hepatite C, mas também sua potencial eficácia contra hepatites não virais, incluindo hepatite autoimune.
A interação entre o CBD e os receptores CB2 desempenha um papel fundamental nesses efeitos observados. Estudos mostram que essa interação induz apoptose em células do sistema imunológico, particularmente células T e macrófagos. Essas células não apenas são responsáveis por atacar as células hepáticas, mas também por induzir a liberação de citocinas pró-inflamatórias que contribuem para a hepatite autoimune.
Os receptores CB2, presentes em células imunológicas, são conhecidos por influenciar infecções virais e alterar as respostas imunológicas do hospedeiro, especialmente modulando a inflamação.
“Adicionalmente, estudos têm relacionado a ativação dos receptores CB2 com a redução da progressão da infecção por hepatite B. A inflamação no hospedeiro é conhecida por impulsionar a progressão da hepatite B, tornando a ativação dos receptores CB2 uma ferramenta potencial no controle da infecção pelo vírus HBV devido ao seu efeito anti-inflamatório”, diz a médica.
Além disso, o potencial do CBD em aliviar a fibrose hepática, uma consequência da hepatite viral não tratada, foi demonstrado em pesquisas anteriores. A ativação das células estreladas hepáticas (HSCs) é um evento crítico no desenvolvimento da fibrose hepática. Estudos mostraram que o CBD induz apoptose em HSCs ativadas por meio da interação com o retículo endoplasmático.
“Em conclusão, as evidências apresentadas por vários estudos destacam o potencial terapêutico promissor do CBD no combate à inflamação hepática, no tratamento de diferentes formas de hepatite e no alívio de complicações associadas, como a fibrose”, completa a Dra. Mariana Maciel.
Embora mais pesquisas sejam necessárias para compreender completamente os mecanismos envolvidos, essas descobertas abrem caminho para tratamentos inovadores e uma melhor qualidade de vida para pessoas que sofrem de problemas relacionados ao fígado.
Referências:
Huang et al., 2018
Lowe et al., 2017
Tahamtan et al., 2016; Rieder et al., 2010; Nagakatti & Nagakatti et al., 2012
Tahamtan et al., 2016
Sobre a Thronus Medical INC.
Fundada no Canadá, a Thronus é uma biofarmacêutica focada na produção e no desenvolvimento de fármacos inovadores para tratamentos com cannabis medicinal. Com distribuidores na América do Norte, América Latina e Europa, a Thronus conta com nanotecnologia exclusiva, desenvolvida no Canadá por uma médica brasileira, para aumentar a biodisponibilidade de óleos canabinoides, assim potencializando sua absorção pelo organismo. A linha de fármacos BISALIV com tecnologia PowerNano comprovadamente aumenta a absorção de fitocanabinóides pelo corpo. A Thronus é uma empresa com DNA brasileiro, sonhada e liderada pela Dra. Mariana Maciel, médica especialista em medicina canabinoide.