Criado há três anos pela Estácio, o NAAP promove educação inclusiva e oficinas de capacitação, desde intérprete de Libras à formação de ledores
O último levantamento da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que 17,3 milhões de pessoas têm algum tipo de deficiência – física, visual, auditiva ou intelectual. Apenas 5% dessa população com 18 anos ou mais tem nível superior completo, e apenas 16,6% concluíram o ensino médio ou não completaram a educação superior. Frente a índices tão baixos, não é difícil imaginar que são poucas as pessoas com deficiência no mercado de trabalho, mais precisamente, 28%.
Para transformar essa realidade e contribuir para uma educação inclusiva, a Estácio criou há três anos o “NAAP – Núcleo de Apoio e Atendimento Psicopedagógico”, presente em 59 unidades do Brasil, que tem como diferencial em relação a outras instituições de ensino o atendimento aos alunos com quaisquer deficiências, bem como aos docentes que necessitem de suporte em suas práticas pedagógicas.
“Na Estácio, acreditamos firmemente no poder transformador da educação como um meio para construir uma sociedade mais justa e igualitária. Nosso compromisso é oferecer um ensino de qualidade e acessível, impulsionado pela tecnologia, inovação e, acima de tudo, por nossa equipe altamente capacitada e dedicada. Sabemos que cada aluno é único, com necessidades individuais, e é por isso que investimos em projetos como o NAAP. Estamos determinados a aprimorar constantemente nosso ensino, empoderando nossos alunos e preparando-os para enfrentar os desafios do mercado de trabalho. Temos a convicção de que o sucesso de nossos alunos é o nosso sucesso como instituição de ensino”, Cláudia Romano, head de ESG da Estácio e presidente do Instituto Yduqs.
Cerca de 60 profissionais atuam no NAAP da Estácio, tendo atendido mais de 25.800 discentes desde a sua criação, e 1.500 no primeiro trimestre deste ano. O projeto promove a inclusão, apoia e acompanha o processo de aprendizagem, e fortalece os alunos com deficiência para que sintam mais seguros e conscientes das suas competências, inclusive quando forem inseridos no mercado de trabalho.
“O NAAP compreende que oferecer adaptação não significa viabilizar facilidades, mas sim particularizar o acolhimento do aluno para que ele continue sendo protagonista durante o seu aprendizado. Contamos com uma equipe multidisciplinar
Entre as principais iniciativas promovidas estão oficinas de capacitação e projetos socioeducativos, como Prática de Libras (Língua Brasileira de Sinais) e Programa de Formação de Ledores, ambos recomendados conforme a demanda de cada unidade, oferecidos aos colaboradores como um desdobramento dos cursos de formação teórica da Educare – Universidade Corporativa da Estácio. Além disso, o Núcleo presta orientações sobre as práticas pedagógicas de acordo com as características dos indivíduos e grupos, reforço acadêmico, suporte emocional e
“O NAAP é um espaço em que é possível acolher e acompanhar os alunos, duas ações necessárias perante as demandas do mundo do trabalho hoje. Promover o desenvolvimento integral dos universitários é essencial para assegurar processos de aprendizagem eficientes que vão possibilitar o sucesso acadêmico, pessoal e profissional do nosso aluno”, frisa César Lessa.
De acordo com Lessa, um problema inerente a todos que passam pelo NAPP é o gerenciamento do tempo. “Realizamos uma oficina para os calouros e entregamos uma planilha sistematizada, o que ajuda também os atletas paralímpicos que, embora estejam acostumados a desafios, têm uma dificuldade processual, de organizar sua agenda por conta dos treinos”, comenta o coordenador.
“Essa rede de apoio está comigo desde o primeiro período e não mede esforços para me ajudar. As alunas de Pedagogia me acompanhavam em sala de aula e escreviam no caderno todo o conteúdo passado no quadro; liam as provas para mim e eu ditava as respostas para serem redigidas. Quando veio a pandemia, as alunas me ajudaram a instalar o aplicativo Teams para que eu pudesse acompanhar as aulas remotamente”, Izabela Silva Campos, medalhista paralímpica, mundial e parapan-americana de disco pela classe F1.
Estácio, Instituto Yduqs e CPB
O programa Atleta Cidadão do Comitê Paralímpico Brasileiro – CPB tem como objetivo estimular o desenvolvimento pleno da cidadania de atletas e ex-atletas paralímpicos em todas as fases da carreira (iniciação, alto rendimento e pós-carreira) por meio da capacitação e orientação profissional. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail atletacidadao@cpb.
“Consideramos de fundamental importância o trabalho desenvolvido pelo NAAP da Estácio para os nossos atletas que necessitam de algum apoio para acompanhar os conteúdos ministrados. Pode parecer simples, mas a falta de acessibilidade na leitura de um gráfico ou mapa pode afastar um grande profissional da conclusão da graduação e, consequentemente, do mercado de trabalho. Quando oferecemos o trabalho de audiodescrição ao atleta cego, um tempo maior para um atleta que tenha dificuldade intelectual, não fazemos nada além de oferecer oportunidades iguais para todos. Somos diferentes e só respeitando as diferenças é que conseguimos a igualdade tão sonhada!”, finaliza Simone, coordenadora do Programa CPB Atleta Cidadão.
Em parceria com o Instituto Yduqs, o Programa CPB Atleta Cidadão possibilita oportunidades de estudos em instituições de ensino superior parceiras como Estácio para a Izabela e mais de 270 paratletas.
Atendimento do NAAP da Estácio Ribeirão
O atendimento do NAAP é exclusivo aos alunos da Estácio, integralmente gratuito e pode ser realizado de forma presencial ou remota. O Núcleo funciona na própria unidade, na Rua Abrahão Issa Halach, 980 – Ribeirânia. O atendimento pode ser agendado pelo link https://forms.office.com/r/
Estácio no Esporte
Com mais 50 anos de tradição, a Estácio – uma das instituições de ensino no Brasil – é a universidade que mais investe no esporte. Por acreditar que o Esporte envolve a construção de valores, incentivo à superação e à autonomia com ética, espírito coletivo e compromisso social e, por entender, que quando associado à educação, promove transformações duradouras, há mais de 15 anos, a Estácio vem formando campeões dentro e fora da sala de aula e promovendo eventos esportivos, projetos sociais e diversas ações alinhadas com a sua missão de “Educar para Transformar”.
Nas Olímpiadas e Paraolimpíadas de Tóquio, 10% dos esportistas brasileiros eram alunos da Estácio, como Fernando Scheffer, medalhista da natação, e Laura Pigosi, no Tênis. Outros grandes nomes do esporte como Sandra Pires – formada em Educação Física; Marcelinho Machado, formado em Marketing; Daniele Hypólito, aluna de Marketing; Laís Souza, aluna de História; entre outros destaques estudam ou estudaram na Estácio.
A Instituição, que também é signatária do Pacto pelo Esporte, possui parcerias com Confederações, Federações, Clubes e Institutos ligados ao esporte, como o Instituto Fernanda Keller, Instituto Guga Kuerten, Instituto Reação, Comitê Olímpico do Brasil, e Comitê Paralímpico Brasileiro. Todo o trabalho é realizado por meio do Instituto Yduqs, que promove oportunidades para que jovens em vulnerabilidade social pratiquem esportes, estimulando uma melhora significativa nas condições de aprendizado, cidadania e formação de valores.