Após seis meses sem uso de contraceptivos e sem sinal de gravidez, médico da Origen BH sugere investigação em homens e mulheres
Muitas mulheres e homens que desejam ser mães e pais no futuro não sabem se de fato estão aptos fisiologicamente para gerar o bebê. São muitos os casos de infertilidade no mundo – estima-se que 15% dos casais têm dificuldades para engravidar. As chances de uma gravidez aumentam muito se o casal tiver um estilo de vida saudável, realizar atividades físicas, adotar uma alimentação balanceada e não apresentar vícios. Até mesmo o estresse e fatores emocionais afetam diretamente a taxa de fertilidade de ambos.
Fato é que não existe um teste específico para avaliar se a pessoa é fértil ou não. Segundo o médico ginecologista, professor na Faculdade de Medicina da UFMG e especialista em reprodução humana na clínica Origen BH, Rodrigo Hurtado, no consultório, geralmente é questionado aos pacientes se já tentaram engravidar alguma vez na vida.
“Quando a pessoa responde que não, questionamos quanto tempo ficou sem usar anticoncepcional e outro método contraceptivo, como camisinha. Tem paciente que diz três, cinco anos e não engravidou. A pessoa não planejava engravidar, mas também não prevenia. Então, aqueles que mantendo relações sexuais sem prevenção por mais de um ano não conseguem engravidar, devem investigar uma possível infertilidade ou dificuldades no processo de gravidez”, explica.
Hurtado acrescenta que o(a) paciente que nunca testou sua fertilidade, ou seja, nunca ficou um período de mais de seis meses sem usar anticoncepcional ou sempre adotando camisinha, literalmente não sabe se é fértil ou não. “Todo mundo parte do pressuposto que é fértil. E ouvimos ao longo da nossa vida que se não tomar pílula ou usar proteção, pode engravidar sem querer. Como se todas as pessoas fossem capazes de engravidar, como se todos nós fôssemos férteis. Uma a cada cinco pessoas que testar vai ver que tem problema de fertilidade”, esclarece Hurtado.
Após a abordagem inicial, o(a) especialista em reprodução assistida pode partir para uma investigação mais aprofundada, a partir de alguns exames médicos, que podem dar indicativos ao médico sobre a saúde da fertilidade do homem e da mulher.
Exames – No caso da mulher, podem ser solicitados exames de ultrassonografia transvaginal, quando é possível ao especialista identificar fatores que estão impedindo a gravidez, como endometriose, alterações morfológicas do útero, problemas nos ovários e tubas uterinas ou, ainda, a presença de pólipos e miomas no útero; avaliação hormonal, que vai avaliar os hormônios prolactina, tireoestimulante (TSH), T4 e dosagem de progesterona, além do folículo-estimulante (FSH) e do estradiol – esses hormônios são dosados para que seja avaliada a reserva ovariana da paciente.
“Pode-se ainda solicitar uma histerossalpingografia, que é o exame de eleição quando a intenção é analisar as tubas uterinas e a cavidade endometrial da mulher. É realizada a aplicação de um contraste na região do colo do útero para preencher a cavidade uterina e as tubas, seguida do exame de raios-X. Em alguns casos, pedimos a videolaparoscopia, um exame minimamente invasivo que usa uma câmera para avaliar a existência de endometriose, cistos, miomas e outros problemas que podem estar impedindo a gravidez”, acrescenta Rodrigo Hurtado, ressaltando que cada caso é único e deve ser analisado de forma individualizada.
Para os homens, os exames de saída para verificar se há algum problema com a fertilidade, é o espermograma, que permite ao (à) médico(a) avaliar os parâmetros seminais do homem. São necessárias duas amostras com intervalo entre 30 e 60 dias. Os principais critérios observados e avaliados através do exame são o volume de sêmen; número de espermatozoides; a concentração e a movimentação (motilidade) dos espermatozoides; a forma (morfologia) dos espermatozoides; e também se há algum tipo de inflamação.
“Podem ser solicitados também o exame de doppler dos testículos e a dosagem dos hormônios: FSH, LH, TSH, T4 livre, prolactina, SDHEA, DHEA, SHBG, testosterona total e livre. Tudo isso vai depender do paciente, seu histórico de vida, hábitos etc. Na Origen, levantamos todo esse histórico de cada pessoa que nos procura para tentarmos propor um tratamento médico que permita a realização do sonho de cada um”, enfatiza.
Em um ano de tentativas, cerca de 85% das mulheres abaixo dos 30 anos conseguem engravidar. A busca de um tratamento de infertilidade deve ser feita, para mulheres dessa idade, após um ano de tentativas sem sucesso. Já para mulheres acima de 35 anos, esse tempo se reduz para seis meses.
Sobre a Origen
Fundada há mais de 20 anos pelos médicos Marcos Sampaio e Selmo Geber, a Clínica Origen de Medicina Reprodutiva nasceu com o objetivo de centralizar a atenção médica, a disponibilidade da tecnologia e o acolhimento humano no bem-estar e respeito a seus pacientes, auxiliando-os na realização do sonho da maternidade.