Especialista explica como pessoas tóxicas sugam sua energia, afetando o seu estado emocional
As suas companhias podem mudar o seu estado emocional. Chegar em um determinado ambiente e rapidamente se sentir cansado, ansioso ou até irritado, sem motivo aparente. Isso pode ocorrer quando algumas pessoas se aproximam, mas não querem o seu bem ou deposita em você as inseguranças dela. Os ‘vampiros de energia’ são indivíduos que, intencionalmente ou não, sugam sua energia. Eles podem estar em qualquer lugar e ser qualquer pessoa, como cônjuge, melhor amigo, colega de trabalho ou vizinho.
Pessoas consideradas “vampiros de energia” são, frequentemente, consideradas prejudiciais, pois parecem absorver parte da motivação e entusiasmo de quem está próximo, como no ambiente de trabalho. Normalmente, eles não assumem a responsabilidade por seus erros e acusam a “vítima” de algo que ele/ela mesma fez.
Segundo a professora do curso de Psicologia da UNINASSAU Recife, campus Boa Viagem, Renata Ramos, há pessoas que afetam de forma proposital, quando tem uma questão de caráter e/ou escolha. “Existem também aqueles ‘vampiros’ que funcionam de modo a sugar a energia do outro sem uma intenção consciente, mas inconsciente. Neste caso, não deixa de ter um propósito. A questão é que o ‘vampiro’ pode não saber que afeta o outro de tal maneira”, relata.
Os sintomas variam de pessoa para pessoa, mas podemos citar: cansaço mental, sintomas de ansiedade, insônia, dificuldade de se colocar para o outro, baixa autoestima, inseguranças diversas e impacto nas atividades de vida diária. O indivíduo que convive e se afeta com um suposto ‘predador de energia’, precisa identificar e tratar os sinais, visto que pode expandir os indícios para outras atividades, relações e espaços.
“Ainda que a pessoa afetada não sofra de ansiedade, tais como: taquicardia, suar ‘frio’, dor de cabeça, ânsia de vomitar, sensação de que algo ruim vai acontecer, entre outros. Estes sintomas podem surgir tanto na presença do ‘vampiro’ como também momentos antes de o encontrar ou, ainda, quando o sujeito ouve ou vê algo que remete ao outro. O ideal é se distanciar desse ‘predador’, se não for possível, também existe a necessidade de fazer um acompanhamento psicoterapêutico para entender como um indivíduo consegue afetar alguém neste nível e encontrar um caminho possível para lidar com ele”, explica Renata.
A maneira mais significativa e sólida de superar isso é investindo em si mesmo, combatendo as inseguranças e aquilo que possibilita a vulnerabilidade diante de alguém. Sendo assim, o indicado é se afastar dessa pessoa, caso tenha a possibilidade, ou interagir o mínimo possível, além de buscar um acompanhamento com psicólogo.